terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Meu desejo para você em 2010

Faz muito tempo que não escrevo. Por um período, perdi o prazer de escrever. Trabalho, trabalho e trabalho, tomaram o meu tempo. Ficou o cansaço, a fadiga e a exaustão.
Com a “igreja” me aconteceu o mesmo, após muito trabalho, cansei, me fadiguei, e me exauri. Até que perdi o prazer!

Um período de silencio me envolveu. Me questionei, me ponderei, me silenciei. Me percebi para o lado de fora da “igreja”, porém, com um sentimento de liberdade. Sim, me sentindo livre. Livre do pacote, livre da prisão religiosa, livre do controle opressor pastoral. Livre para ser verdadeiramente eu. E quando me questionei a respeito deste sentimento, o que subiu ao meu coração, foi justamente a passagem em que Jesus disse que “... Ele veio para que tenhamos vida, e a tenhamos em abundância”. Eu não havia experimentado até então esta Vida.

A “igreja” como religião não nos proporciona liberdade, pelo contrário, nos adoece a alma, assim como os fariseus oprimiam os judeus, os quais foram acusados por Jesus, que disse que “... eles colocavam fardos pesados sobre os ombros do povo, mas, eles mesmos não faziam o que eles ordenavam”. Sim, eles nos dão uma lista de coisas que podemos fazer e que não podemos fazer, assim, precisamos seguir a risca a lista, com a esperança adoecedora de que não venhamos a errar para que não venhamos a experimentar o “pesar da mão” de Deus. Isso é doença! Fomos nos dês-naturalizando, nos tornamos seres monstruosos, ET’s.

Que vida é essa? Só se for a infeliz vida de ser “evangélico”.

Graças a Deus, fui liberto para viver a verdadeira Vida em Cristo. Afinal, pude entender que o convite de Jesus não é para você se tornar um ser alienado do resto do mundo, e se distanciando dos outros por que não comungam da mesma fé que você, pelo contrário. O convite é para que nos tornemos Sal no mundo, de forma que o que tenho que fazer é justamente me misturar no mundo, me permitir ser sentido e sentir amor, abraço, alegria, um sorriso, me misturar de tal forma a não se tornar visível, porém, ter a presença perceptível somente dando sabor ao ambiente, permitindo estar sensível aos sentidos dos que comigo convivem, e dos que comigo se encontram no caminho da vida.

Assim é o Caminho daqueles que aceitam o verdadeiro convite de Jesus.

Neste sentimento, ainda que para alguns eu esteja falando heresia, e para outros eu esteja ferido com a “igreja”, eu digo: ESTOU SARADO EM CRISTO, E LIVRE E DEVOLVIDO PARA MIM MESMO, PARA SER DE DEUS COMO EU SOU.

E com isso, após muitos dias sem escrever, encerro, feliz, com alegria na alma, desejando a todos os meus amigos e os que viajam por este portal invisível, e passam aqui para ler o conteúdo que aqui se encontra, que neste ano de 2010 você possa se permitir amar mais, abraçar mais, sorrir mais, chorar mais, confiar mais, acreditar mais, desejo que não seja tão sério, que não leve a vida com rispidez, que abrace seu filho, que dê colo para sua filha adolescente, que visite seu pai, que deite no peito de sua mãe, que ame sua esposa, que deseje sua mulher, enfim, que você viva a vida que deve ser vivida por um ser humano normal agradecido a Deus pela dádiva de ser você mesmo, e de ter a oportunidade de fazer tudo o que acima eu listei. Este é o meu desejo para mim, para minha família, e é o que desejo para todos os meus amigos, e para você!

Um grande beijo!

Feliz 2010.


Na maravilhosa, estupenda, louca, e trivial Graça de Dele,

Juliano Marcel
29/12/09
Bragança Paulista/SP
juliano.marcel@ymail.com
www.julianomarcel.blogspot.com
www.bloggracaevida.blogspot.com




Continue lendo >>

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Medo de raio e trovão – Astrapofobia - Parte I e II

.:: Início / Cartas ::.



------Original Message------------------


De: contato Graça & Vida


Enviada em: quarta-feira, 30 de setembro de 2009 17:27

Para: juliano.marcel@ymail.com

Assunto: Peço ajuda!



Olá Juliano, boa tarde!



Achei muito interessantes e animadoras as palavras que lí em um texto seu no site Graça e Vida. Gostaria de pedir-lhe uma ajuda. Tenho 46 anos, sou casado, Pai de uma linda menina de 3 anos. Sou completamente feliz, um homem de fé, mas sofro terrivelmente de uma fobia que atrapalha até mesmo a minha profissão.


Quando começa a armar chuva, nem saio de casa porque tenho pavor dos raios e relâmpagos..chuva não, pois gosto muito de vê-la cair.


O meu foco de fobia está exclusivamente nos relâmpagos e raios. Já fiz muitas consultas: psiquiatras, psicólogos.... e nada.


Estou muito desesperado porque minha qualidade de vida está indo pelo "ralo" ainda mais quando chega o verão que a incidência de raios é maior.


O que devo ler, fazer ou procurar?


Pode me dar algumas palavras de alento?


Aguardo sua resposta!


A bênção de Deus e obrigado!

B.

OBS: a minha vida é cantar pois sou maestro de 4 corais.


__________________________________


Resposta:


Graça e paz, e refrigério em sua alma!


Querido, ante a sua situação atual, em primeiro lugar peço que leia o Salmo 42 – 5,11:


“Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.”


Sim, porque o que você chama de desespero e medo de trovão é o Astrapofobia. Você está com fobia de trovão e raios. Fobia (do Grego "medo"), em linguagem comum, é o temor ou aversão exagerada ante situações, objetos, animais ou lugares. Sob o ponto de vista clínico, no âmbito da psicopatologia, as fobias fazem parte do espectro das doenças de ansiedade com a característica especial de só se manifestarem em situações particulares.



Você já procurou ajuda em psiquiatras e psicólogos, como você mesmo disse, porém, apesar de dizer ser um homem de fé, esta fé se abala quando uma chuva se arma, e os trovões retumbam. Aí onde está o homem de fé??? Ou melhor, em que ou em quem está a sua fé?



Querido, você está com a alma perturbada, e a razão desta perturbação é outra. Sim, porque o problema de sua fobia é fácil de resolver, porém, o que inquieta a sua alma e se manifesta através do medo de raios e trovão, é outra coisa.



Deus é o criador de todas as coisas. Se você serve este Deus, não há razão para temer Sua criação.


O que precisa fazer é esta busca pessoal dentro de você mesmo. Sim, efetuar uma auto-analise, profundamente sincera, disposto a mexer em todas as áreas aí dentro, e abrir os baús da alma. Se desnudar diante de você mesmo. Quando isso ocorrer, encontrará a verdadeira razão do seu medo. A transferência para trovões e raios é apenas uma compensação-exteriorizada deste medo do lado de dentro, porém, não é o fim.



Esta busca tem que ser sincera e verdadeira. Nem sempre gostamos do que encontramos. Porém, para sermos curados, precisamos saber o que nos atormenta a alma.



Este salmo faz uma pergunta inicial que você pode fazer a si mesmo: “Por que te abates oh minha alma?”



Querido, por que sua alma está abatida?



Quando iniciar esta viagem para dentro de si mesmo, convide Deus para lhe acompanhar e lhe mostrar onde estão os seus medos, e quando começar identificar as possíveis causas, me escreva novamente. Aí poderei ser de melhor serventia!



No aguardo de sua resposta!



Na Graça Dele, cuja voz é como um trovão que retumba em meu coração me dando a certeza de que Nele toda fobia é transformada em certezas pela fé!


Juliano Marcel
Bragança Paulista-SP
30/09/09
juliano.marcel@ymail.com
http://www.julianomarcel.blogspot.com/
http://www.bloggracaevida.blogspot.com/


_________________________________________________



------Original Message------------------


De: contato Graça & Vida


Enviada em: quarta-feira, 30 de setembro de 2009 23:04

Para: juliano.marcel@ymail.com

Assunto: RE: Peço ajuda!



Graça e Paz meu amigo!


Que Deus o abençõe!


Me permita ser um pouco longo em minhas palavras, já que as suas foram de grande alívio e consolo para o meu coração. Sim, acredito também que a minha fobia por raios e relâmpagos, ( pois como já disse, eu amo a chuva caindo e seu barulho só me apavora os raios.) só pode ter uma outra conotação, quero dizer, algum problema disfocado para este outro. Mas posso lhe pedir um favor?... Estou decidido a lhe contar tudo sobre o meu passado desde a atualidade para você "pintar um quadro" e conseguir fazer um "diagnóstico" mais preciso sobre minha vida, e talvez achar o foco deste fobia...Posso lhe escrever novamente?...


Ok! Mas vou enviar o email em outro endereço tá bom?


Que você seja uma voz enviada por Deus a acalentar e ajudar um homem que está preso a algo que tanto lhe prejudica, no meu caso, a fobia dos raios..só isso. No mais, louvo a Deus pela linda e abençoada vida que tenho.


Um abraço e aguarde!


B.


_________________________


Resposta:



Mano amigo, graça e paz!


Claro que pode me escrever. Como disse, estou aguardando sua carta para que possa ajudar da melhor forma possível!


Receba meu carinho,


Na Graça Dele,


Juliano Marcel






Continue lendo >>

Estou frustrado com a "igreja" após experimentar a simplicidade da Graça

.:: Início / Cartas ::.


----Original Message-----------

From: contato Graça & Vida

To: juliano.marcel@ymail.com


Date: Fri, 18 Sep 2009 03:15:34 +0300



Pr Juliano, a Graça e a Paz sôbre sua vida!



Estou um pouco sem jeito de como conversar com o irmão por ter ficado tanto tempo Sem manter contato como devería, de comunhão ou sêr mais participativo no seu blog. Peço desculpas e sua compreensão, por só agora, procurá-lo.


Mas depois de orar, senti paz de abrir isso com o irmão, usufruir do seu valioso tempo. Obg desde já.


Quando eu estava muito desmotivado em congregrar com a família em uma igreja muito tradicional, e legalista, aqui da cidade, o Senhor permitiu que eu chegasse até os amados irmaos da comunidade da graça, e foi uma benção. Benção mesmo!


Porque foi como se abrisse um novo horizonte o qual eu podia ver possibilidades de eu me fortalecer no Senhor novamente, depois de uns tombos. Também de têr um "lugar" após eu compartilhar com os descrentes, do perdão de Deus em Jesus, e poder então ter um caminho para orientá-los indicá-los a esse local, (um caminho que flui a Graça) já que eu, por estar tão desacreditado com escrituras, não sentia vontade de orientar nenhuma pessoa para nenhuma denominação daqui, após essas pessoas aceitarem a salvação, em Cristo.
Fui Reavivado novamente na esperança, e em várias áreas Deus é testemunho deste fato, e o quanto foi motivador para mim. Aleluia!Agradeci a Ele por tê-los encontrados. Você, o Irmão Marcelo Quintela, e outros irmãos. Puder rever as mensagens do Caio Fábio. Foi MUITO sustentador para mim naqueles dias.
Mas Irmão, nestes dias tenho vivido uns dilemas pois continuo sem congregar na denominação, e há tempo entreguei o cargo de liderança de um Grupo pequeno,e outro em um ministério chamado "Homens da promessa" da mesma denom., que ao meu vêr se tratava mais de entretenimento, que comunhão e edificação como devería ser, e não ficarmos apenas no superficial, como era.


Essa minha decisão levou o Pastor principal (infelizmente) a achar que eu fiz desdém.
Mas eu quería "pegar" em algo mais que pudesse ser chamado, entendido provado como Cristianísmo. bom... isso faz já uns meses.


Perdão pala minha fraquíssima digitação. Dá um desconto celestial... rsrsrs
De lá pra cá, tentei manter contato com uns irmãos que têm o discernimento, a visão dos que Se reúnem como Igreja. Tive a oportunidade de ir uma vez lá no auditório em bsb, e ouví uma abençoda mensagem do Pr Caio Fábio.
Depois procurei se havia algo em andamento aqui na cidade dentro deste viver pela Graça. No caso, uma estação aqui na cidade. Fui informado que por enquanto não.Também eu nãoestava, (nem ainda estou) por motivos "n", capacitado pelo Senhor, a iniciar uma estação aqui como gostaría.
Então neste intervalo conheci uns irmãos da igreja local, lá de Goiânia, parentes da minha esposa, que vinham sempre por aqui. Comecei a ter comunhão com eles, foi-me passado um bom material "Alimento Diário", tenho meditado nos escritos tem sido edificante. E embora eu ainda não tenha estado em nenhuma reunião coletiva com eles, nem aqui e em nenhuma outra cidade, ainda, estou em comunhão com alguns através do orkut, e assistindo muitos vídeos. Passei a compreender melhor como é a visão, e de que estar no Senhor é que mais importa.

Acontece que a minha esposa e filho ainda vão na denominação, não têm entendimento da igreja como corpo univelsal de Cristo, independente de denominação ou continente onde o Reino DENTRO esteja, em todos Cristãos, (têr Cristo dentro sendo habitação no espírito) e lamentavelmente seguem o espírito religioso,onde qualquer que seja a atividade lá,ou serviço no Corpo, sempre há algo além do próprio Senhor,seja no serviço aos outros irmãos, ou mesmo nos muitos "ministérios"... de construção (orçado em Um Milhão) e outros vários serviços, dentro da denominação.


Sinto como se estivessem construindo mais um "reinozinho" fisico/prédio e humano/pessoal que ficará, no dia do Senhor. Pedras que não poderam ser arrebatadas.

A liderança deixa em evidência a força apenas do homem natural em vários aspéctos, ao invés de se deixarem sêr apenas um Vaso, quebrado, e assim poder fluir a "fragrânancia" conforme a vontade do pai EM e COM Jesus DENTRO dos irmãos. Operando por meio de todos, não somente nas coisas naturais, como fazer, constuir, correr, visitar sêr ativo, etc etc..... agindo meramente no lado bom da natureza humana, mas que não trazem resultados de vidas regeneradas, dispostas a negar a vida da alma, e viverem no espírito andando no Espírito, para que a glória seja sempre para o nosso Senhor.

Com isso, o quem tem havido na congregação, é um alto nível de irmãos e irmãs vivendo na prática de pecados. Não se examinam a sí mesmo. Não conseguem negar o lado pecaminoso inerente da velha natureza, há pecados entre famílias, indígnos de mencionar. Nem os aparentementes menos pecaminosas como, como fazer o bem no esforço próprio, se achar, etc



Um pouco, essas fraquezas do velho homem ficam camufladas nas atividades e programações constantes,... muitas. Resolver os problemas espirituais, que requer profundo arrependimento e confissão passa-se pelas distrações das programações e atividades. Deus tenha misericórdia de mim e me guarde.
Pastor. Eu "vejo" demais.



Quando no grupo pequenos eu fazia colocações mais voltadas para vida com Deus, para andarmos em realidade de vida, não havia, entendimento por parte dos irmãos, e em tom de brincadeiras distraíamos para o superficial, aparente, litúrgico. Fui meio convocado então, a fazer o Seminário da denominação, para poder "falar em linha" com a denom., disseram-me.
Então meu coração esfriou de vez, e fui me afastando, aos poucos, por causa dos novos irmãos, que tinham se achegado.



Irmão, você, que eu admiro muito pela sua lucidez espiritual, sabedoria que Deus lhe deu, peço a sua ajuda no sentido de um parecer quanto aos irmãos que se reúnem em locais, as chamadas igrejas locais.




Acontece que muito levianamente, têm rotulado a esses "irmãos em localidades" AQUI, pelo menos, na denominação que eu ía, como sendo apenas mais uma seita (tipo mormons) e tantas outras. Está complicado esta situação, têem destribuido livros de renomados Teólogos afirmando que se trata de uma seita. prevenindo os congregados e os novos na fé. Para os Cristãos mais tradicionais essa afirmações são blindex para se manterem sem questionarem
tal afirmação leviana.Penso que para falar denegrindo o movimento dos irmãos locais, além de teólogos, quem se dispuser, deve têr um senso de justiça que vem do próprio Justo, o Senhor, que habita nos salvos e consagrados a Ele.


Falo honestmente que, "entendo", (até hoje) que os irmãos se reúnem para dentro do nome do Senhor Jesus. E só. Não é o centro o homem,organização, denominação ou fisiologismo evangélico, ou relações meramente humanas, baseadas apenas nos afetos não Cristãos. Amado irmão, isso discirno até o presente momento. Se eu tiver errado em uns pontos ou no todo, já pedi a Deus que Ele me ilumine com a renovação da mente, nestes aspectos.



Pelo que já ví no orkut, e comunidades, a ênfase é o abandono do velho homem, o negar a si mesmo, transmitir a vida de Deus que esta dentro de todos os que já passaram pelo novo nascimento. e outros pontos que não se apóiam em doutrina de homens.


Mas aqui na cidade há um levante contra essa igreja local, o pastor falou domingo, no púlpito, que irá pregar três quartas-feira sôbre as seitas, e inclui fortemente os das igrejes locais. Acho um equívoco usar a posição como formador de opiniões, e mesmo um ambiente que devería falar da vida, Jesus, tratar destes assuntos que não edificam, só causa mais divisão. Eu não creio que devería ser assim, o que tem por trás, quais os receios, é casuísta tanta preocupação!




Não tenho feito apologia ao mover destes irmãos aqui na cidade, como alguns falaram.
Tenho feito uso do orkut para minha comunhão com uns poucos irmãos de localidades, não daqui, Então os que são da denominação, observam no orkut e dizem coisas.
Poderei até começar a convidar uns para participar de umas comunidades, assim teriam razão de falar que estou fazendo proselitismo. Pelo menos, caso tivessem um interesse genuíno, com o coração aberto, poderíam chegar a conclusões próprias sem estarem com a mente passiva, ou conhecendo apenas um lado, tendencioso.




O que tem havido aqui é uma bajulação generalizada, amor fingido, parece mais é um clube social. Eu odéio isso, me afasto, ai é que têm um motivo errado para falar que estou em seita. Eu de fato tenho um jeito introvertido mas não é o caso. O que eu tenho lido nas comunidades me enchem o caração, me atraem, sinto-me alimentado espiritualmente. Já perdi tempo demais com coisas erradas, e não tenho mais paciência de ficar só no ôba-ôba.




Por Deus...., que esta em nós, e por todos os que com eu estivemos juntos lá, na denominação... ou poder dizer como Paulo "não mais eu", ou "seja feita a Sua vontade" ou "negar a sí mesmo"... se o Senhor me mostrar, eu podería até voltar para denominação como minha esposa e outros irmãos querem.



Mas a convicção, vinda da parte de Deus, terá que está no meu coração. Caso contrário não, e eu não sei onde isso vai parar.



Caro amigo Juliano, peço que fale comigo sôbre o que escrevi, e sobre as igrejas em localidades. preciso que alguém com encargo, e que fale a verdade. Não fico melindrado, já passei disso.




Eu estou só, aqui. Os amigos que tenho aqui da denominação, se afastaram, restou um, que faz Seminário na denominação, e evitamos falar sôbre esses assuntos. Também ele não tem maturidade.




Muito obrigado por me ouvir, e por favor fale-me algo, mesmo que seja breve, tão logo o irmão leia esta.



Fico muito grato.


Graça e Paz! Jesus é o Senhor!



___________________________________




Resposta:


Graça e paz Mano, e todo o bem!


Antes de mais nada, deve-se atentar para o lugar em que estamos freqüentando, se prega o Evangelho como Ele é – Simples – ou usa-se Dele, para barganhar com Deus as coisas deste mudo e satisfação do deus-ego. Sim, porque se é do Evangelho que se fala e se vive, mano, abrace a causa, e ajude a anunciar o Evangelho. Do contrário, é sempre bom se afastar daqueles que querem perverter o Evangelho.


Sempre que surge pessoas que não estão debaixo de denominação, ou seguindo uma linha denominacional, e se não segue o fluxo do pacotão da religião chamada “cristianismo”, eles – os fariseus – a denominam seitas e heresias.


Sim, porque para eles, se não for igual a eles, falar igual a eles, e roubar como eles, não pode continuar.


Querido, acalme seu coração!


Ore, e busque de Deus o direcionamento de sua vida, Caminhando no Evangelho da Graça, vivendo a Vida em paz. Afinal, se o evangelho que eles pregam não gera vida, antes gera confusão na mente, como perturbou a sua, não é o Evangelho.


O Evangelho traz paz. Ele gera vida, afinal, João em seu evangelho diz que aquele que discerne Cristo como o Filho de Deus, e crê, têm Vida em Seu nome.


Procure estar em um local em que possa com liberdade da Graça, viver o Evangelho na vida.


Sempre vai haver um barão, querendo escravizar as vidas de outros. Lembre-se, a Cruz nos trouxe libertação. Deus nos tirou do Reino de escravidão e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor.


Então, aquiete o seu coração. Ore, e viva a vida na simplicidade da Graça conforme Jesus, e caminhe conforme esta simplicidade.

Sobre uma estação do Caminho da Graça, somos pessoas que não buscamos colocação ministerial, pelo contrário, temos certeza que todos somos servos. Logo, os do caminho têm que ser apenas gente andante, seguindo a Jesus com outros, cada um com seu nível de compreensão e percepção, porém todos desejosos de aprenderem a Cristo, conforme Jesus no ensinou ser o caminho de gente que busca se tornar semelhante a Ele. Este é o convite aos do Caminho: tornarem-se semelhantes a Jesus no curso da jornada da fé; dia a dia sendo transformados de glória em glória; até que se vá chegando à estatura do Novo Homem, o qual se renova segundo Deus mediante a pratica do amor e da verdade.


Assim, em uma Estação do Caminho da Graça, nos reunimos para celebrar, para bater papo de graça, para orarmos, para partir o pão, para ouvir sobre o Evangelho, e para compartilharmos experiências.


Assim é o Evangelho. Assim deveria ser a “igreja”.


Assim é o Caminho da Graça!


Espero ter ajudado ao irmão!


Qualquer dúvida me escreva novamente!


Um grande beijo...


Na Graça Dele,


Juliano Marcel
Bragança Paulista-SP
18/09/09
juliano.marcel@ymail.com
http://www.julianomarcel.blogspot.com/
http://www.bloggracaevida.blogspot.com/







Continue lendo >>

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Religiosos estão acusando criancinhas de bruxaria!

Religiosos estão acusando criancinhas de bruxaria e lucrando com o exorcismo de pequeninos! Tal cristianismo não é o único vilão da Terra, mas é aquele que se apresenta em nome de Cristo para fazer o mal...




Continue lendo >>

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

MONASTERIUM, MISERICORDIUM, BACANORIUM, GRAÇORIUM E IGREJORIUM...‏

Alguns monastérios da Idade Média tinham regras tão rigorosas, neuróticas e restritivas quanto a tudo, mas também em relação à comida e à bebida... — preocupados que eram com o pecado da gula..., que, segundo se cria, abriria espaço para a lascívia, e assim por diante... —, que, depois de um tempo, não suportaram sua própria pressão de culto às regras..., e, assim, criaram dentro do ambiente do Monastério, num recanto meio projetado para fora da arquitetura original do lugar, um apêndice ao qual se tinha acesso de dentro do próprio “prédio sagrado”, e que era chamado de MISERICORDIUM...


Ora, dentro do MISERICORDIUM era uma Zona Franca de tudo o que se relacionava a comida e bebida, de modo que os monges entravam no MISERICORDIUM magros e danados de apetite carnal amplificado pela proibição como adicional de desejo compulsivo... [Pobre MISERICORDIUM!...]... e de lá saiam gordos e bêbados...


O MISERICORDIUM era o mundo sob o manto da Graça, da Misericórdia...

Seria o lugar do descanso das regras... Seria um ambiente de refugio... Mas não era.

De Fato o MISERICORDIUM era o lugar dos EXCESSOS.


ENTRETANTO, na religião, ninguém chamaria o lugar pelo seu próprio nome, que deveria ser BACANORIUM e não MISERICORDIUM.


Aliás, na religião nada corresponde a nada...
Primeiro porque não deveria haver Monastérios, ou seja: prédios sagrados para gente sagrada... Nesse sentido, toda “igreja-prédio” é um Monastério..., e é vista e sentida do mesmo modo... É Sal dentro do Saleiro..., e não no chão da terra e do mundo.


Segundo porque não deveria haver regras depois que foi decretado que todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm, todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam... E isto com o chamado para que se viva buscando o que convém e edifica. E ponto.


Terceiro porque é obvio que excessos geram excessos opostos, sempre. Portanto, o impor de regras excessivamente restritivas é o mesmo que criar pecados e taras.


Quarto porque não se tem que criar nenhum MISERICORDIUM..., a fim de que se não viva em nenhum BACANORIUM... Sim, pois a misericórdia usada como desculpa para o excesso, sempre criará o BACANORIUM.


Veja o fenômeno em operação...
Ora, a fim de se fugir do “mundo” se cria o Monastério. No Monastério, a fim de se fugir do “pecado”, regras são geradas... Só que com as regras vêm as tentações... Então, a fim de que se não peque no LUGAR SANTO, no Monastério, na “igreja-prédio”[que é psicologicamente um lugar anti-mundo], cria-se o MISERICORDIUM, que é um mundo coberto pela Graça como Concessão ao mundo do qual no inicio se fugia..., sim..., mundo em razão do qual o Monastério fora criado, regras foram estabelecidas a fim de coibir as tentações da carne e do mundo...; e, como o mundo não se foi em razão do aumento das tentações para o nível da tara e da compulsão, a fim de que não se traga “o mundo” para o Lugar Santo, o Monastério, cria-se o que para eles era um BACANORIUM, só que ungido como MISERICORDIUM.


Assim surge o CRENTORIUM...
No fim o que tem importância é o prédio, é o Monastério, é a “igreja - edifício - consagrado”... E em segundo lugar vem o corpo de fiéis, que é o CRENTORIUM.


O que se crê quando assim se faz?...


Ora, a crença é que o mundo não mora perto do prédio de Deus... Que o mundo não é gente... Que o mundo não é o coração... Não! A crença é que o mundo é um lugar... Por isto é que se pode apelar para o BACANORIUM como MISERICORDIUM...


Afinal, é um apêndice do Monastério, longe fisicamente do “mundo-geográfico”, e ungido com um nome da Graça: MISERICORDIUM...


Tem muita gente pensando que o “Caminho da Graça” é um MISERICORDIUM no anexo do Monastério, da “igreja-prédio” ou da “igreja-instituição”...


Ora, esses vêm..., entram...; alguns ficam...; outros se vão...; outros vão e vêm...; outros “elaboram” suas próprias idéias e criam suas próprias fantasias sobre tudo...; e, assim, vão às reuniões para se “purificarem” [Ó! Como são pagãos!...] e saem “purificados” do MISERICORDIUM direto para o BACANORIUM...


O pior é que fazem isto enquanto a firmam que estão LIVRES...


Livres de quê? — indago.


De fato, espiritual e psicologicamente estão ainda no mesmo “Monastério”..., só que no anexo santificado para consumo mundano, o GRAÇORIUM...; ou, como no tempo antigo, no MISERICORDIUM...; ou, no dizer da verdade, no BACANORIUM.


Quando a mentalidade de “monastério” — que é a mentalidade da “igreja-prédio” ou da “igreja-instituição-representante-de-Deus-no-mundo”, que, ironicamente..., é também uma colônia de exilados do encontro humano..., e que dizem loucamente que são essenciais ao mundo e à vida da qual fogem... — é a mentalidade prevalente...; e ela pode se fazer presente mesmo quando a pessoa pensa que já está no anexo, no MISERICORDIUM..., então a Graça vira GRAÇORIUM...


Sim, tanto quanto o Monastério era um mundo de Luxo Alienado..., do mesmo modo o MISERICORDIUM nada mais era do que um grande BACANORIUM.


Quem lê o meu site e já leu o meu livro Sem Barganhas com Deus..., esse entendeu de modo simples e claro tudo o que eu disse... Mas quem não leu o livro e não lê o site... esse apenas pensará que entendeu... Embora, de fato, terá até algumas pistas...


Tome as providencias que achar necessárias...


Afinal, Deus como que nos diz...:
MISERICÓRDIA QUERO!... NÃO BACANORIUM!...


Nele, que nunca chamou mundo ao chão do planeta, mas apenas à produção do coração humano contra a vida e contra o amor,

Caio
14 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF


Continue lendo >>

sábado, 29 de agosto de 2009

Quem somos nós para nós mesmos?

.:: Home / Reflexões ::.


Entre as palestras que tenho ministrado na Clínica Santa Fé, falei um dia sobre a importância de se perceber como indivíduo. Ou melhor, para você hoje, a pergunta é: Quem é você?

Sim, esta é a pergunta, onde creio que mais cedo ou mais tarde, dependendo do que passamos na vida, surge como uma incógnita em nossa mente. Quem sou eu?

A vida – ou o mundo – nos faz nos perceber de uma forma errada. Sim, o mundo nos engana e ludibria nossa auto-percepção real. Por uma série de fatores externos a nós, o mundo – como um sistema – exige que haja uma percepção de um indivíduo forte e que é vencedor. Logo, todos lutam na vida, procurando atingir esta perspectiva, tentando satisfazer a exigência que não vem de dentro da gente, pelo contrário, é externo a nós – a exigência é do mundo.


Logo, quando olhamos para nós mesmos, sem nenhuma máscara, desnudando nossa cara e nosso coração para nós mesmos, percebemos que somos frágeis ante todas as coisas externas a nós. Somos seres debilitados. Todos nós carregamos uma fragilidade dentro de nós.

Uma fragilidade que exige que criemos uma forma, ou uma cara que seja aceita ante ao mundo, mas que não revele a nossa fragilidade Sim, criamos uma máscara para encobrir nossa fragilidade.

Desta forma, esta máscara pode agir de diferente formas, de acordo com a personalidade de cada um:

- as vezes uma pessoa para esconder sua fragilidade, mascaradamente trata os outros com agressividade física. É o cara que para mostrar que é forte, tem que dar pancada em todo mundo. Porém, quando você consegue analisar o contexto deste indivíduo, ele revela uma fragilidade enorme, porém, para que ninguém possa ver sua fragilidade, ele age assim, agressivo.

- outros, procuram na agressividade verbal, se fazer forte. Tentam se afirmar sobre os outros. Buscam, nos xingamentos e palavrões a afirmação pessoal, e nem medem as palavras em suas conversas, à menor possibilidade de sua fragilidade se revelada, a outra pessoa é bombardeada com suas palavras agressivas.

- outros ainda, procuram na intelectualidade, mascarar sua fragilidade. Sim, é nas palavras bonitas, nos conceitos filosóficos, nas bases intelectuais que se mostram fortes. Intelectuais tem uma dificuldade enorme de expressar sues sentimentos, e assim, revelar suas fragilidades.

Isto, e tantas outras formas de se procurar esconder e mascarar a fragilidade tem sido usado pelas pessoas. Tenho visto isso direto.

A questão, é que não fomos ensinados de que somos frágeis. Por isso sofremos também na vida. Por isso, buscamos e diversas formas erradas parecer ser forte, e acabamos nos deprimindo a cada dia mais.

Para podermos ser curados de nossas mascaras, de nossas depressões, de nossos medos, antes de mais nada, é preciso admitir que somos fracos. Sim, admitir que somos impotentes ante nossa fragilidade. Todo ser - humano carrega dentro de si esta fragilidade.

E por sempre não saber lhe dar com esta situação, ou com esta fragilidade, buscamos formas exteriores para compensar esta falta interior, ou este complexo de inferioridade.

Só seremos sarados, se nos conhecermos primeiro. E este auto-conhecimento, é poder mergulhar no oceano do próprio coração. É poder entrar no labirinto da interioridade. É explorar nossa mente, nossos medos, nossas fobias, nossos traumas. Sim, é iniciar uma jornada interna de exploração onde se vai entrando em todas as áreas do coração, buscando abrir todas as portas, em todos os compartimentos internos, lugares nunca antes visitados por nós.

Isso se chama “auto-conhecimento”. Interiorização. É poder olhar para dentro e querer enxergar a si próprio como realmente é.

Quando se inicia esta viajem para dentro, começa-se a descobrir quem você realmente é.

Poder olhar para si mesmo, só é possível quando percebemos que algo de errado está acontecendo com a gente. Quando se percebe impotente, e que perdeu o controle da vida, das emoções, dos sentimentos, dos pensamentos. Quando se tem esta percepção, só nos resta uma única alternativa. Clamar por Deus. Sim, chamar Aquele por meio de quem fomos criados. Ele, melhor que qualquer outro, nos conhece como realmente somos. Afina, fomos criados para Ele, e nossa vida e alma só encontra satisfação, por meio de quem se foi criado. Se fui criado por Deus, somente Nele encontro satisfação e força. Sem Ele, sou fraco e frágil. Sem Ele, busco em mim mesmo uma força que não tenho, e o resultado é a frustração.

Sim nos frustramos quando nos percebemos seres frágeis. Nos frustramos quando nos percebemos pequenos. Nos frustramos quando buscamos satisfação na vida, que não nos satisfaz, pelo contrário, aumenta o buraco dentro da gente. Nada deste mundo nos satisfaz nem preenche. Somente somos preenchidos e nos satisfazemos quando nos encontramos com Deus.

Quando este encontro acontece, consigo responder esta pergunta: Quem sou eu?

Conseguimos responder, porque toda e qualquer percepção de si mesmo sem Deus, é uma auto-percepção adoecedora.

Mas toda visão de si mesmo, a partir de um relacionamento com Deus, é saudável e verdadeira. Gera paz e segurança.

Mas só consigo encontrar com Deus – este poder Superior – quando consigo encontrar comigo mesmo. Sim, antes de mais nada, se faz necessário se perceber como realmente é. Sim, sem Deus, sou fraco, sou frágil, sou negativo, sempre busco mascarar quem realmente sou. Quando me vejo como sou, sem nenhuma percepção egoística de mim mesmo, me vejo alguém necessitado de Deus. Ele me dá um senso de valorização. Ele me dá um sentido para a vida. Ele gera em mim esta paz que não se encontra no mundo.

Por isso, toda percepção de um poder Superior a nós mesmos, só se tem quando é precedida por uma auto percepção verdadeiro de si próprio.

Neste sentido, minha pergunta é esta para você: Quem é você? O que caracteriza a sua essência?

Mergulhe em você mesmo, e busque um sentido Superior.

Na graça Dele, em que me percebo Nele, para Ele e por meio Dele como sou.

Juliano Marcel
29/08/09
Bragança Paulista – SP
juliano.marcel@ymail.com
http://www.bloggracaevida.blogspot.com/
http://www.julianomarcel.blogspot.com/


.:: Home / Reflexões ::.


Continue lendo >>

sábado, 8 de agosto de 2009

Paradoxo do Nosso Tempo!

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.


Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.



Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.



Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.



Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.



Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.



Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.



Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.



Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.


(George Carlin)




Continue lendo >>

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O que eu encontro numa Estação do Caminho da Graça?

Somos gente que prossegue desejosa de encontrar mais da Graça no Caminho.




Numa Estação do Caminho da Graça você encontrará o que Jesus encontrava pelo caminho — ou seja, GENTE! Gente quase sem problemas. Gente com problemas. Gente com muitos problemas. Gente atolada em problemas. Gente-problema. Gente solucionadora de problemas apesar de serem perseguidos por problemas. Gente se casando. Gente que chegou descasada e se recasou. Gente que vivia traindo e parou de trair. Gente que ainda trai. Gente que se encara. Gente que mente e nunca se encara. Gente que muda. Gente que ouve, ouve, gosta, mas não muda. Gente madura. Gente infantil. Gente que entendeu. Gente que está entendendo... Gente que não entendeu nada ainda. Gente que vai lá e supostamente anda conosco por interesses de todas as ordens... Gente que logo vê que é vista em sua dissimulação. Gente que aceita a verdade. Gente que gosta de tudo até que a verdade as moleste.




ESTAÇÃO: local de facilitação da pregação do Evangelho, um foco de disseminação, um endereço, no qual ocorrem encontros REGULARES, encontros que propiciam a ambiência para a Ceia, a imposição de mãos, a oração intercessória, a contribuição financeira, o bate-papo sobre a revelação da Palavra nas Escrituras e a convivência franca.



Quer saber mais?




Vem & Vê!









Continue lendo >>

domingo, 31 de maio de 2009

Como Gadareno já vivi!

.: Início / Reflexão :.



Em Lucas 8, vemos o relato do encontro de Jesus com o Gadareno – na ocasião o autor diz que este se encontrava possesso por muitos demônios – e que após o encontro com Jesus, é liberto. O interessante, é que é relatado que este homem, após ser liberto, e estar em sã consciência conversando com Jesus, ele pede para segui-lO, porém, Jesus o manda de volta para casa.

Em muitos encontros, Jesus convida as pessoas a segui-lO, porém, neste Jesus pede para este homem voltar para casa. Este homem, que viveu dias e dias nos sepulcros, junto aos mortos, em correntes, em plena insanidade, em descontrole total, numa incontrolabilidade que o fazia uma habitação de demônios.

Estes demônios tinham vontades, tinham desejos, tinham impulsos que levavam este homem a não ter o controle de sua própria vida, o colocando fora da cidade, habitando fora do conforto do lar, da segurança da família, distante dos entes queridos. Sim, este homem – que era habitado por espíritos malignos – fora tirado dos seus, e conseqüentemente perdeu o direito de controlar a sua própria vida, vivendo como marionete nas mãos dos espíritos. Um ser fragmentado, dicotomizado, vivendo multiplicidade de vontades, cada um querendo fazer o que quer, ir para um lado, um Legião de entidades que o levavam à loucura, numa vida totalmente insana.

Este texto me levou a refletir e entender que em muitas vezes – e em muitas ocasiões – nós também nos tornamos um ser fragmentado. Sim, um único ser, onde nossa interioridade é invadida por múltiplas vontades, múltiplos desejos, múltiplas personalidades; personalidades estas que nos fazem transparecer uma forma de ser que se adapte ao ambiente a qual nos encontramos. Como um camaleão que se adapta e se camufla de acordo com o ambiente.

Somos seres fragmentados, onde dependendo de onde estivermos, demonstramos uma cara. Múltiplas faces. Com os amigos somos um; com a família somos outro; na igreja somos já um outra coisa; na roda de bar representamos uma outra personalidade; na roda com os amigos da noite representamos uma outra cara. Sim, demonstramos um ser diferente de acordo com a ocasião, e com o ambiente.

Somos habitados por vontades e multiplicidades de personalidades – personas segundo CG. Jung – e somos entregues a uma vida de insanidades as quais nos distanciam de quem verdadeiramente nós somos. Perdemos nossa própria identidade. Perdemos a essência de quem somos. E nos entregamos a uma esquizofrenia comportamental que nos adoece a alma.

Esta é a realidade de muitos de nós, e por esta via andaram e andam muitas pessoas. Tenho tido experiências de ver, ouvir, e participar do relato de pessoas que atestam e dão a veracidade a esta verdade que ora digo.

E me questiono: Até quando viveremos esta vida dicotomizada, partida, dividida, dualizada?

Esperaremos perder tudo e a todos para perceber que precisamos de ajuda? Será necessário a vida cair no descontrole total para ver que enquanto eu tentar ter o controle da minha vida, enquanto eu pensar que sei os limites, e que sou capaz de sair e mudar quando eu quero, e cair no engano de que sei o caminho de volta, eu irei me afundar cada dia mais, e me tornarei habitação de seres, de vontades, de demônios que caracterizam esta multiplicidade de personalidades!?

Se faz necessário um encontro com Ele. Sim! Um encontro onde tudo se torna Uno novamente. Um encontro onde sou devolvido pra mim mesmo. Um encontro onde sou devolvido para a vida, para os meus, para o mundo, para a felicidade. Um encontro com Deus.

O Gadareno só encontrou descanso para sua vida, e voltou à sanidade, quando encontrou Aquele em quem tudo subsiste, e tudo se torna Uno. Sim, quando ele encontrou com Jesus, ele encontrou a liberdade de se tornar livre, para si mesmo.

E quando ele pediu para ir com Jesus, a resposta foi esta: “Volta para sua casa, e anuncia tudo o que Deus te fez!”

Sim! Quando nos encontramos com Jesus, somos devolvidos à sanidade, Ele nos devolve para nós mesmos. Nos devolve o direito de viver para nós e para os nossos. Temos a oportunidade de ser o marido que nunca fomos; de ser o pai que nunca fomos; de ser o irmão que nunca fomos; de ser o filho que nunca somos; de ser a pessoa uma e única, sem fragmentos, sem dualidades, apenas ser em “si-mesmo”, Nele.

Sim, quando nos encontramos com Jesus, nos encontramos conosco mesmo, e Nele somos convidados a voltar para nós mesmos, para podermos ser devolvidos ao mundo.

Gadareno já fui. Gadareno já vivi. Gadareno me fragmentei. Gadareno me vi. Como Gadareno andei. Como o Gadareno me encontrei com Jesus. Como o Gadareno me libertei. Como Gadareno fui devolvido de volta para mim mesmo!

Nele, que nos traz de volta para nós mesmos!

Juliano Marcel
Bragança Paulista-SP
31 de maio de 2009.
juliano.marcel@ymail.com
http://www.julianomarcel.blogspot.com/
http://www.bloggracaevida.blogspot.com/

.: Início / Reflexão :.


Continue lendo >>

domingo, 26 de abril de 2009

A revelação da minha realidade nos evangelhos!

.:: Início / Reflexão ::..


Ao ler os evangelhos, e compreendendo-os, e discernindo-os, entendemos que eles são a transição e transcendência da nossa própria realidade. Um olhar mais apurado nos evangelhos nos leva a enxergarmos a nós mesmos em seus encontros.

Sim. Afinal, se não fora assim, seria inútil suas descrições tão subjetivas, e todas as referências e atitudes de Jesus Cristo com todas e qualquer forma de encontros com a humanidade revelada e descrita nos evangelhos.

Vemos um Pedro impetuoso, uma Madalena endemoninhada, uma Marta auto-afirmativa, um Nicodemos mascarado, um Judas ladrão, uma prostituta consciente de si mesma, um Zaqueu trambiqueiro, um cego autopiedoso, enfim, são infinitas as descrições dos indivíduos revelados nos evangelhos, que fazem menção da minha própria realidade.

O que se faz necessário, é uma auto-consciência a cerca de si-mesmo. De quem você é como indivíduo. Da sua natureza pecaminosa. Do seu estado natural de separabilidade e distanciamento de Deus devido ao pecado subjetivo inferido nas entranhas do ser de cada um. Afinal, somos pecadores desde o nosso nascimento.

Quando em Cristo somos esclarecidos acerca de quem somos nós mesmos, ganhamos a compreensão do que acima foi citado. Sim, discernimos a nós mesmos, de acordo com o que verdadeiramente somos: PECADORES!

E nesta consciência, olhamos os evangelhos, e nos vemos a nós mesmos nos personagens descritos nos evangelhos. Sim, vejo que já fui um Pedro, impetuoso, auto-afirmativo, impositivo, confiante da força bruta do meu próprio braço. Me percebo quão fragmentado fui como Madalena, vivendo uma vida partida, dicotomizada, onde não havia uma consciência própria, expressando várias personalidades, sob o controle da malignidade. Me discirno como Nicodemos, onde ainda que saiba a realidade e a verdade, mascaradamente proponho uma imagem positiva segundo a opinião do povo (Nicodemos sig.: imagem do povo), assumindo o significado do próprio nome, buscando certezas as escondidas na calada da noite, para que não caia em contradição naquilo que faço aos olhos de todos durante o dia debaixo do sol. Já carreguei a realidade de Judas, traidor, o impossível de entender e compreender a revelação da realidade, e subjugando aos outros para que consiga realizar aquilo que penso em mim mesmo ser o melhor como liberdade, sem me importar com as conseqüências. Já fui o Gadareno, o louco antes os olhos dos outros, o impossibilitado de discernir minhas próprias atitudes, o que carrega a transcendência do inconsciente coletivo de um grupo como sendo o referencial da loucura de todos.

Sim, quando se discerne O Evangelho, compreende que se está exposto a si mesmo nos evangelhos.

Os evangelhos são a minha própria realidade. Os evangelhos são as expressões da minha própria natureza. São as revelações da minha interioridade.

Assim, quando se discerne a si mesmo em Cristo, se percebe subjetivamente nas expressões e encontros de todos os personagens descridos nos evangelhos.

O que me resta, é aceitar que mesmo me vendo, e me percebendo, e se discernindo como quem verdadeiramente sou mostrado e revelado nos evangelhos, é aceitar que sou aceito por Cristo, como Ele aceitou a todos nos evangelhos. E a mim mesmo, me aceitou na Sua Cruz.

Obrigado Senhor!

Na Sua Graça,

Juliano Marcel
Bragança Paulista-SP
26/04/09
juliano.marcel@ymail.com
http://www.julianomarcel.blogspot.com/
http://www.bloggracaevida.blogspot.com/

.:: Início / Reflexão ::..


Continue lendo >>

segunda-feira, 9 de março de 2009

Voltar ao início de tudo

[O Caminho da Graça]







O 'Caminho da Graça' no Brasil é um movimento que existe para anunciar que "Deus estava em Cristo, reconciliando consigo mesmo o mundo, e não imputando aos homens as suas transgressões".



Vamos voltar ao início de tudo... Você se lembra de como tudo começou? No início era o Evangelho...



Acesse os links abaixo e (re)leia os textos:
















Continue lendo >>

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Deus é por nós! Você ainda duvida disso?

.:: Início / Mente de Paulo ::.

Romanos 8

31 A que conclusão, pois, chegamos diante
desses fatos? Se Deus é por nós, quem
será contra nós?
32 Aquele que não poupou seu próprio
Filho, mas o entregou por todos nós,
como não nos concederá juntamente
com Ele, gratuitamente, todas as demais
coisas?
33 Quem poderá trazer alguma acusação
sobre os escolhidos de Deus? É Deus
quem os justifica!
34 Quem os condenará? Foi Cristo Jesus
que morreu; e mais, Ele ressuscitou dentre
os mortos e está à direita de Deus, e
também intercede a nosso favor.
35 Quem nos separará do amor de
Cristo? Será a tribulação, ou ansiedade,
ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou
perigo, ou espada?
36 Como está escrito: “Por amor de ti
somos entregues à morte todos os dias;
fomos considerados como ovelhas para
o matadouro”.
37 Contudo, em todas as coisas somos
mais que vencedores, por meio daquele
que nos amou.
38 Portanto, estou seguro de que nem
morte nem vida, nem anjos nem demônios,
nem o presente nem o futuro, nem
quaisquer poderes,
39 nem altura nem profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá nos afastar
do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus, nosso Senhor.

Após este texto, o que se tem a dizer? Nada!

Não há nada a dizer. Somente teólogo e gente que não tem o que fazer, e fica enchendo lingüiça, é que fica preocupado com tolices neo-pentecostais tais como quebra-de-maldição, maldição-hereditária, culto de libertação, cura interior, regressão para se libertar dos problemas e acusações do passado. Somente crente é que tem saco pra acreditar nestas baboseiras.

Sim, pois, ou o que Paulo nos disse é verdade pra nós a nosso favor, como uma certeza de libertação e vida em Cristo, ou, é tudo mentira!

Estamos sendo enganados explicitamente, e estamos cegos para aquilo que está escrito como um “bem” a nosso favor.

Ao analisarmos este texto, Paulo inicia dizendo que “...A que conclusão, pois, chegamos diante
desses fatos?
”, o que nos induz a questionar quais fatos são estes? O qual nos faz re-ler todos os capítulos antecedentes, pois está tudo vindo numa crescente de informações e certezas em Cristo, que culmina nesta afirmação em sua conclusão única: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” , para nós bastava isso!

Se crêssemos nesta afirmação de verdade, não veríamos muita gente neurótica na “igreja”, necessitando de curas de libertação, pessoas que precisam retornar sistematicamente para cultos de quebra de maldições, afinal, ou Deus É POR NÓS, ou Ele É CONTRA NÓS.

Porém, a afirmação categórica de Paulo é a nosso favor: Deus “é por nós”! Deus está do nosso lado; Deus está jogando no nosso time; Deus é nosso parceiro; Deus é aquele que nos liberta, que nos guarda, e não há nada e ninguém que possa fazer ou dizer, ou tentar algo que seja o contrário, porque DEUS É POR NÓS!

E se Ele é por nós, nada pode ser contra nós; ou, nada pode vir a ser contra nós; ou ainda, nada nem ninguém pode se interpor entre esta afirmação, porque Ele “é” por mim e por você.

E se Ele é por mim, eu descanso, porque sei que maior é o que está comigo, do que o que está no mundo.

O interessante, é que vejo milhares de crentes na “igreja”, afirmar este texto como verdade, embora não compreenda a profundidade desta realidade na vida de quem verdadeiramente discerne o que nela se faz em nosso favor.

Por que estamos tão acostumados a afirmar e verbalizar passagens bíblicas, que se quer, discernimos aquilo que estamos dizendo.

Se assim o fosse, não veríamos milhares de pessoas em filas de libertação; indo atrás de profetinhas que revelam CPF e RG; de mulheres que não tem casa pra cuidar e ficam dando plantão de casa em casa revelando coisas óbvias da vida de pessoas neuróticas consigo mesmas.

Sim. Se crêssemos nesta verdade, viveríamos a vida para qual Deus nos chamou a viver Nele – uma vida de paz e descanso – vivendo no mundo, porém, sendo libertos do mal.

Assim sendo, se Deus é por você, quem será contra você???

Já pensou nesta verdade que inclui sua vida nesta afirmação!?

Se pensou, e crê assim, pare com esta besteira de achar que ainda precisa de uma vida neurótica de ir em cultos de libertação, cultos de renúncia, de libertação, de quebra de maldição, porque tudo isto já foi quebrado, e liberto na Cruz do Calvário, onde Cristo Jesus triunfou sobre eles, e os expôs ao desprezo!

Ou na cruz se consumou tudo a meu favor em Cristo, ou ela não valeu de nada!

Viva a vida com esta certeza: Se Deus é por nós, quem será contra nós!!!!!!!!!!!!!!

Na graça Dele, em quem tenho a certeza de que Ele é por mim!

Pense nisso!

Juliano Marcel
24/02/09
Bragança Paulista – SP
juliano.marcel@ymail.com
http://www.julianomarcel.blogspot.com/
http://www.bloggracaevida.blogspot.com/

.:: Início / Mente de Paulo ::.



Continue lendo >>

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Falando em desconfortos...

.:: Início / Reflexões / Devocional ::.

"Um leproso-pecador é sempre um desconforto repugnante entre os sãos-santos, por isto usavam um sino no pescoço para avisar que estavam chegando. Claro, por esta razão viviam em comunidades onde todos tinham algum tipo de lepra-pecado, pois, ali se sentiam incluídos e respeitados"


O mundo religioso é insuportável, mas, é o mundo dos sãos-santos . Uma vez ex-comungado dele, só resta a comunidade dos leprosos-pecadores.



Sim, é assim, e a pergunta dos sãos-santos é, "o que ele, o leproso está fazendo aqui?" ou, "o que fazemos com ele, o leproso-pecador, já que está entre nós?" ou ainda quem sabe, "ninguém avisou pra ele, o leproso-pecador, que não devia estar aqui?" e por ai vai. Nossa, quantas perguntas são feitas em episódios assim, isto é, quando um leproso-pecador invade o reino dos sãos-santos das instituições religiosas.



Alguns até tentam agir com solidariedade, bondade, mas, leproso sangra o tempo todo. É inconveniente. É uma denuncia o tempo todo. Um leproso presente escancara a lepra de todos. Ninguém fica impune. Melhor que ele não estivesse aqui. Melhor que não viesse. Melhor que procurasse seus pares leprosos.



O paradoxo é que entre os leprosos-pecadores há alegria, respeito, solidariedade, perdão, cura, dignidade, pois, todos estão sangrando, mas, na comunidade dos sãos - santos há desconforto, tristeza, estranhezas, pois, sangram, mas, não podem mostrar que sangram.



Que bom que o Cordeiro Santo, curvou-se e tocou em leprosos e os curou e os re-integrou e devolveu-lhes dignidade.



Devolver a dignidade aos seres humanos é uma tarefa para toda vida, até porque,, o diabo zomba de Deus quando um ser humano é ridicularizado e excluído.



Pior ainda, é quando assistimos um ser humano andando de quatro no palco de uma instituição religiosa, crendo que esta humilhação é necessária para ser liberto.


É ai, e em muitas outras ocasiões que uma instituição religiosa se põe a serviço do inferno, quando, expõe ao ridículo um ser humano feito à imagem e semelhança do Eterno.
A exposição publica, a execração publica, o constrangimento publico são instrumentos comuns em praticas religiosas.



Que nunca sejamos assim, e que estas nunca sejam nossas praticas, antes, aos que menos honra merecem, que sejam os mais honrados entre nós.



Entre o seguidores de Jesus de Nazaré tem que ser assim. Não importa onde se reúnem. Não importa onde se encontram. Não importa as estruturas e sistemas que tenham sido criados. Não importa os títulos e os nomes denominacionais. Não importa os dias e horas onde se encontram. Importa que, em sendo seguidores de Jesus de Nazaré, o ser humano seja acolhido, inserido, incluído, liberto, curado, salvo de si mesmo e todo tipo de opressão, fardos, jugos.
Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, à imagem e semelhança do Eterno lhes sejam resgatadas.



Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, o nu seja vestido. O desabrigado encontre abrigo. O algemado, seja quais forem as algemas, sejam libertos. Os de almas aflitas sejam acalmados e pacificados. Os de espírito perturbado encontre discernimento e equilíbrio.



Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, hajam relacionamentos qualitativos. Que haja busca de uma espiritualidade sadia, que não explora, não defrauda, não aprisiona, não culpa.



Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, ninguém seja convocado para construir prédios, organizações, sistemas, projetos, ministérios, mas, sejam convocados a se re-construírem como seres humanos e a contribuir com a re-construção de outros seres humanos de modo que, todos se tornem melhores como gente, como pessoas, como homens e mulheres de bem para fazer o bem sempre.



Que onde se encontrarem os seguidores de Jesus, a única aliança a ser feita seja com aquEle que se fez Aliança por nós, Jesus, o Cristo de Deus, em quem todos nós fomos justificados e reconciliados com o Pai Eterno.



É assim que é, porque é assim que tem que ser entre os seguidores de Jesus de Nazaré.



Se você está num lugar assim, não saia dele. Fique ai. Sirva e se reparta alegremente.



Se você não está em um lugar assim, procure um lugar que seja assim.



Se você já é dos que não está em lugar algum, encontre mais um, e comecem algo bom entre vocês, e quem sabe, outros tantos virão para juntos servirem a Jesus e as pessoas.



Graça, paz & todo bem a você e sua casa.



Carlos Bregantim

.:: Início / Reflexões / Devocional ::.


Continue lendo >>

Vinha o filho ainda longe

.:: Início / Reflexões / Devocional ::.


Leia a parábola do filho pródigo em Lucas 15

A parábola do Filho Pródigo todos conhecemos. Já preguei sobre ela centenas de vezes. Olhei-a sob inúmeros aspectos.


É minha história. É a história da humanidade. É a história de quem foi e nunca deixou de ser. É também a história de quem nunca foi mas nunca chegou a estar. Sobretudo, é a história do amor de Deus e do modo como Ele age como Pai.




Pai para quem foi e nunca deixou de ser. Pai para quem nunca foi mas nunca chegou a estar.
Hoje, no entanto, eu estava quase dormindo quando ouvi essa voz, que dizia: "Vinha ele ainda longe, e seu pai o avistou; e, correndo, o abraçou..."




O Pai não somente deixou ir e aguardou a volta... Ele viu de longe e fez o caminho de volta com o filho.




Entre o olhar do Pai e a volta para casa, existe um “ainda longe”. O Pai foi buscar o filho ainda longe. Longe de ida, longe de volta!




Em casa é que o problema começou: quem nunca foi mas nunca chegou a estar não gostou que aquele que foi e nunca deixou de ser tivesse voltado!




O Pai, todavia, só participa disso porque é Pai, mas não se deixa seqüestrar por nada e por ninguém. Quem não gostar, que não goste. O Pai, no entanto, vai longe buscar seu filho. E há um caminho que o Pai e esse filho precisam fazer só os dois.




Em casa, há muito ciúme, muita competição, muita doença.




Que bom que antes de ver os irmãos magoados, a gente pode ver o rosto do Pai.




Que bom que Ele vai se encontrar com a gente ainda longe de casa, antes que as impressões do ciúme e da inveja tentem estragar o encontro que vale: o encontro do Pai com o seu filho.




Que bom que quando quem nunca foi mas nunca chegou a estar só aparece depois que o filho quebrado havia se entendido com o Pai feliz.




Que bom que há esse “ainda longe”, pois assim tem-se tempo para chegar em casa tão cheio do amor do Pai que não se tem mais tempo e nem coração para ficar doente com o ciúme dos irmãos.




Vinha ele ainda longe... O Pai o avistou, e, correndo, o abraçou e o beijou!




Caio




(Escrito em junho de 2003)

.:: Início / Reflexões / Devocional ::.


Continue lendo >>

Morada de demônios

.:: Início / Reflexões ::.


Jesus falou pouco a respeito da possessão demoníaca explicita. Sim! Ele falou pouco sobre o assunto. Todavia, expulsou a todos os demônios que, como tais, se manifestaram diante Dele. Entretanto, Ele tratou bastante do assunto das possessões sutis, que são as piores, pois, em geral, podem ser mais “culturas espirituais” que demônios que se “manifestem” como tais, muito pelo contrário. Não são, necessariamente o demônio, mas são demoníacos!



Nos textos que seguem Jesus abordou o tema da possessão demoníaca em dois níveis: um existencial e outro generacional.



Primeiro Leia o texto generacional:



Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada.

Então vai, e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa.



Aqui a ênfase recai sobre “esta geração perversa...!”



Agora, Leia o mesmo texto em Lucas e veja a conclusão existencial:



Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa donde sai. E, tento voltado, a encontra varrida e ornamentada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro.



Se você me pergunta se creio que há diferença entre as duas coisas, minha resposta é sim e não. Sim, apenas porque se um indivíduo está possesso, isto não significa que todos estão possessos de sua possessão. E também porque como veremos mais adiante neste livro, toda possessão individual é também projeção das possessões coletivas e vice versa.



Em ambos os textos tudo é igual. O espírito imundo sai de um homem. Procura lugar de pouso e não encontra. Então diz: “Voltarei para a minha casa de onde saí.” E o faz trazendo consigo novos inquilinos e, assim, o segundo estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro.
A diferença está apenas no “aplicativo” de Mateus: “Assim também acontecerá a esta geração perversa”.



Desse modo, a única diferença entre uma possessão individual e uma coletiva é que no primeiro caso o homem perde o controle de si e, por vezes, perde sua consciência individual. Já no segundo caso, a consciência dos indivíduos fica suficientemente cônscia de si, mas não discerne o poder de conexão invisível e que, escondido no coletivo, age como um sentir unanime e, em geral, mobiliza a “maioria” com alguma causa de vida ou morte, sendo que o efeito nunca é vida, é sempre morte!



Jesus não faz muitas alusões explicitas àquela geração. No entanto, Ele fala em abundância sobre quem ela era, mas não usa muitas vezes a palavra geração.




Afinal, não precisa estar escrito para estar dito!



Assim é que Jesus compara aquela geração a meninos que sofrem de um mal-humor crônico e contínuo, além de ser indefinido. Era raiva da vida e da liberdade de ser dos outros. E tanto fazia qual fosse a “expressão de ser” do outro em observação. Eles odiavam a quebra dos padrões de “normalidade” conforme o fizeram tanto Jesus quanto João Batista. Ambas, eram, em si mesmas, existências anti-téticas em relação a sua geração, embora, os dois, fossem também diametralmente diferentes em seus comportamentos em relação um ao outro.



A segunda referência significativa àquela geração acontece num sanduíche de fariseus e escribas da Lei tentando provoca-Lo. Ele vinha de expulsar um demônio à vista da mesma assembléia de religiosos. Foi objeto da mais terrível interpretação no seu ato: “Este não expele os demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios”.



À esses, Jesus diz o seguinte:



1. Satanás não cometia burrices daquele tipo. Portanto, sugere que a presença de Satanás não estava na divisão causada por Jesus em seu “reino”, mas, ao contrário, estava estabelecida na monoliticidade do corpo de pensamento daquela geração, agora, sim, dividido pela presença anti-tética de Jesus. Eles eram os demônios atingidos!



2. Se o argumento deles fosse válido, então, antes de julgarem a procedência do poder que emanava de Jesus, eles teriam que explicar a fonte do poder utilizado pelos seus próprios filhos, que também “expulsavam demônios”. Em não o fazendo, estavam reconhecendo o poder de Belzebu como a força operativa também entre eles.



3. Se não podiam “responder” sem se acusar, então, que admitissem que em Jesus o poder manifesto era o do Reino de Deus que estava, em Jesus, no meio deles.



4. Nesse caso, diz Jesus, o que estava acontecendo era um saque divino nos cativeiros de Satanás, pois sua “casa” havia sido invadida por Alguém que lhe era superior, com poder, inclusive, de “amarra-lo e saquear-lhe os bens”.



5. Desse ponto em diante Ele trás a “espada” e divide a assembléia dizendo-lhes que qualquer declaração que saísse de suas bocas com aquele tipo de conteúdo e que não correspondesse a verdade de seus corações—sendo, apenas, portanto, uma utilização “política” do tema espiritual, carregando uma “calúnia” contra Jesus e uma “blasfêmia” contra o Espírito de Deus que Nele agia—seria considerado um pecado sem perdão! Ou seja: se conscientemente eles sabiam que Jesus era enviado de Deus, mas, em razão da des-construção institucional que Jesus trouxera com Sua mera presença entre eles, haviam optado pelo caminho da negação da Graça que em Jesus os visitava; então, pela fria opção pela manutenção do poder que julgavam possuir, eles se colocavam cometendo a pior blasfêmia: negar que a mão de Deus seja a mão soberana em ação, preferindo caluniar o agente da Graça, cometer um blasfêmia contra o Espírito, mas não perderem seu poder temporal que, em Jesus, eles viam ameaçado. Essa era a “possessão” que os possuía.



6. Na seqüência Jesus adverte sobre as “palavras” como sendo o resultado da escolha existencial do homem, do que ele tira ou não de seus baús do coração: se busca seus valores nos cofres da verdade ou nos sombrios e secretos ambientes de sua perversidade interior. E conclui de modo a vaticinar um terrível juízo sobre toda palavra frívola dita pelos homens em relação a Deus e ao próximo.



Ora, é neste ponto da “batalha” que os adversários chegam, cinicamente, com uma “pérola tirada do mau tesouro” de suas almas:



“Mestre, queremos ver de tua parte um sinal”—pediram eles!



Ele, porém, lhes respondeu:



“Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas”.



O que segue é Jesus afirmando que tanto os Ninivitas dos dias de Jonas quanto os Etíopes dos dias de Salomão e da rainha de Sabá, eram seres infinitamente mais abertos à Deus que os arrogantes filhos da Teologia Moral de Causa e Efeito, os mesmos que agora queriam “tenta-Lo”, pedindo-lhe uma demonstração visível de um efeito confirmador da causalidade divina de Jesus. Enfim, outro pedido semelhante ao feito por Satanás no Pináculo do Templo.



Ora, é nessa “viagem” que entra o tema da “geração” que se tornara Casa de Espíritos Maus, conforme o relato de Mateus acerca da “possessão” generacional.



Se você for verificar a mesma passagem do Evangelho em Lucas, você verá que o contexto antecedente é exatamente o mesmo. Em Lucas, todavia, a seqüência do contexto imediato—ou seja: o que vem depois—, fala de maneira ainda mais clara dos “espíritos” que haviam se instalado no inconsciente coletivo daquela geração, formando uma rede de pensamentos e sentimentos contrários à Graça de Deus e sua revelação em Jesus.



As denuncias que Jesus faz àquela geração são as seguintes:



1. Os pagãos sempre haviam sido mais abertos à revelação do que eles. E a própria resposta dos “gentios” que encontraram com Jesus nas narrativas dos evangelhos demonstram isto.



2. Não adiantava que seus adversários dissessem que eles eram o Povo da Luz, pois, esta, quando habita alguém, aparece sempre. Além disso, a “luz” de um ser não vem “de fora”, nem de seus supostos encontros-de-hora-marcada com a luz. A verdadeira Luz nasce nos ambientes interiores e gera uma nova maneira de enxergar a vida. Aqui Ele associa a luz do ser ao modo como a pessoa “interpreta” a vida, a Deus e ao próximo. E mais: Ele diz que a luz do ser vem também dele não negociar com suas sombras, escondendo-as, pois, nesse caso, o que deveria ser a fonte de luz—o interior e seus bons pensamentos e interpretações da vida—, passa a ser o gerador das trevas no interior humano.Agora, no mesmo contexto imediato—ou seja: “Ao falar Jesus estas palavras”—, um fariseu o convidou para ir comer em sua casa; então, Jesus, entrando, tomou lugar à mesa.



O problema é que Jesus entrou, sentou e comeu!



Que problema!



Ele não havia lavado as mãos antes de comer!



O fariseu não agüenta a transgressão cerimonial cometida por Jesus. Afinal, Jesus era o mesmo que eles, coletivamente, haviam acusado de ser instrumento de Satanás.



Agora, preste atenção como toda a conversa que se segue— que começa numa casa, à volta da mesa, com serviço de lavagem cerimonial disponível, com copos, pratos e mobílias –-, se transforma na analogia perfeita da “casa vazia, varrida e ornamentada”, pois, o tema volta nos lábios de Jesus.



“O Senhor, porém, lhes disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade”.Para mim fica impossível não associar a analogia da “casa vazia, varrida e ornamentada” com “limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade”.



O resto da fala de Jesus continua a denunciar a mesma conexão entre ambas as “imagens” de possessão:



1. Exterior limpo, interior habitado por rapina e perversidade.



2. Quem fez o exterior é o mesmo que fez o interior de todas as coisas. E, para Ele, é o amor solidário aquilo que torna o mundo puro para os puros.



3. As exterioridades do culto à mobília e aos ornamentos exteriores do ser eram o deus deles. Por essa razão eles davam devocionalmente a Deus apenas aquilo que contribuía para a propaganda de como sua “casa estava varrida e ornamentada”, enquanto negligenciavam as verdade do interior, que são aquelas que “enchem a casa” daquilo que é bom. E a prova desse culto à “casa varrida e ornamentada” aparecia até mesmo nas obviedades de seus códigos de valores e importâncias: todos ligados a imagem e às suas pretensas distinções entre os homens.
Naquela assembléia reunida na casa do fariseu não havia apenas religiosos zelosos das exterioridades da Lei, como os fariseus, havia ali também alguns teólogos, ou seja: interpretes da Lei. E, é deles que agora vem a confissão de que as palavras de Jesus os “ofendiam” também. Passaram um recibo autenticado no Cartório da Culpa.



E o que Jesus diz à esses teólogos, os “interpretes da Lei”?



1. “Ai de vós também, interpretes da Lei! porque sobrecarregais os homens com fardos superiores às suas forças, mas vós mesmos, nem com o dedo os tocais”—afirmando que a “mobília” da casa varrida e ornamentada era patrocinada por eles, ao “construírem” uma teologia para estivadores, sem a misericórdia de perceber que aquela tarefa que eles impunham sobre os outros era mais que desumana, e, além disso, dava a eles o poder satânico de, em nome de Deus, oprimirem o próximo com aquilo que eles mesmos não agüentavam bancar nem nos ambientes de seus próprios corações.



2. “Aí de vós! porque edificais os túmulos dos profetas que os vossos pais assassinaram. Assim sois testemunhas e aprovais com cumplicidade as obras dos vossos pais; porque eles mataram e vós lhes edificais os túmulos”—asseverando que a atitude politicamente mais “correta e leve” dos teólogos não escondia da face de Jesus a verdade. Sua “diplomacia” também era perversa. Eles eram apenas mais educados em suas atitudes. Mas no seu interior havia a mesma “rapina e perversidade” de seus colegas fariseus. Desse modo, Jesus denuncia as etiquetas da religião e seus representantes, que matam os portadores da Palavra, mas sempre, após a História se impor sobre os interesses então imediatos—seus filhos, filhos da mesma escola e alunos da mesma teologia—, erguiam agora os túmulos do profetas, fazendo “reformas históricas”, mas que não os colocavam no caminho da obediência à Palavra de Deus falada pelos profetas no dia de Hoje! Assim, eles achavam que construir tumbas em honras dos profetas os diferenciava de seus pais, os assassinos de ontem. A questão, todavia, é que Deus é Deus de vivos e não de mortos. E Sua real expectativa não é que os profetas sejam ou fossem honrados, mas ouvidos!



3. Jesus conclui dizendo que eles não se diferenciavam em nada de seus pais. Afinal, eles estavam tendo a chance histórica de experimentar o verdadeiro arrependimento—ou não era Jesus que eles agora rejeitavam?—, mas nem mesmo isto eles enxergavam, fazendo-se, assim, mais cegos e homicidas que os seus pais.



4. A questão é que aquela não era uma situação “estanque” ou sequer “departamentalizável”. Eles eram parte da mesma geração. Havia uma conexão simbiótica entre eles—fosse no passado, fosse no presente! Portanto, havia uma possessão crescente e cumulativa no processo histórico-religioso. E mais: Aquela geração teria que responder por si mesma e pelo passado, do qual eles faziam um mero replay no presente.



5. O pior para Jesus era que os “interpretes da Lei” diziam possuir a “chave da ciência” interpretativa. Ora, Jesus diz que era baseado nesse auto-engano—ou, quem sabe: engano deliberado!—, que eles nem entravam na Graça e nem deixavam os que a desejavam poderem entrar com as próprias pernas pela Porta. E que pior denuncia pode haver para qualquer tipo de clero?! A separação humana entre Leigos e clérigos, em qualquer que seja o nível ou em qualquer que seja a nomenclatura, é um acinte ao puro e simples Evangelho de Jesus!



O que se segue a isto é a declaração explicita de que tanto os letristas-escribas, quanto os escrachadamente legalistas-fariseus, bem como os educadamente Moralistas-interpretes da Lei, agora o “argüíam com veemência” procurando confundi-Lo com muitos assuntos, “com o intuito de tirar de suas palavras motivos para o acusar”.



Para Jesus toda discussão sobre a Palavra acaba em confrontos satânicos. Por isto, mesmo havendo uma multidão interessada no debate, Ele vira e fala apenas com os Seus discípulos, e lhes diz o seguinte:



1. “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”—e, assim, Ele lhes diz que os fariseus, à semelhança do fermento, eram os mestres do inchaço da Lei. Eles eram hipócritas, pois, aumentavam o peso das coisas que eles sabiam que homem algum poderia carregar. Seu fermento era apenas a capacidade de “aumentar” as Escrituras sem discernir sequer os conteúdos da Palavra.



2. “Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido”—revela agora a certeza de Jesus não só sobre o Juízo Final, mas sobre a impossibilidade dos homens se esconderem para sempre! Portanto, diz Ele aos seus discípulos: “Não sucumbam à religião das aparências. O que é, é!” E mais: ele retoma ao tema da casa na continuidade do mesmo assunto: os bochichos do interior da casa ainda seriam gritados da varanda.



3. O que segue é a advertência de Jesus aos discípulos quanto a não se impressionarem com aquelas Potestades Religiosas e nem Políticas. Elas não deveriam ser temidas. Seu poder de fazer mal não passava do corpo. E mais: até para exercerem tal poder, tinham que ter— à semelhança de Satanás em relação à Jó—, uma permissão divina. Tudo estava sobre controle. O perigo não vinha deles, mas do coração e de suas produções. Quanto ao poder de oprimir que os Senhores do Saber possuíam, Jesus diz que não era para se preocupar. Eles contavam com a perversidade satânica para interpretar a existência. Os discípulos, no entanto, carregavam a promessa de estarem habitados pelo Espírito da Verdade, que lhes ensinaria como não se sujeitarem aos trabalhos forçados daqueles donos de pesadas mobílias e que moravam numa casa vazia, varrida e ornamentada!



A seqüência do texto continua mostrando o significado de ser uma casa vazia, varrida e ornamentada. Isto pode vir da tentação de se aceitar a função de “juiz e repartidor” entre os homens. Ou mesmo poderia ser o produto da superficialidade de uma existência possessa de “avareza”. Ora, esse espírito também trás como sua marca distintiva a percepção de valores apenas no mundo das imagens e das seguranças visíveis, enchendo ceLeiros, mas deixando a casa espiritual vazia de Deus.



Na seqüência, Ele passa a inocular em Seus discípulos alguns anticorpos que pudessem dar a eles a consciência acerca do enganoso vírus do fermento dos religiosos, filhos da Teologia Moral de Causa e Efeito.



Jesus prossegue com a temática das relações de causa e efeito presentes no pensamento de Seus contemporâneos.



É significativo que logo adiante Jesus expulse um demônio numa sinagoga. Ora, ali está o quadro pintado de uma casa vazia, varrida e ornamentada, mas onde o diabo mantinha “filhos de Abraão em cativeiro”.



E qual é a reclamação do gerente da Casa Vazia—a sinagoga? Seu argumento tem a ver com a bagunça que a libertação causou à ordem das coisas na casa bem arrumada, e que fora construída para não ser o lugar da vida, sendo tão somente um showroom de religiosidade. Nesse lugar ninguém quer saber se você está melhor, mas apenas se está tudo em ordem!



À mim vem agora uma pergunta: o que teria instigado os espíritos da casa vazia, varrida e ornamentada a agirem de modo sete vezes pior?



No contexto anterior, em Lucas, Jesus envia setenta discípulos para pregarem o evangelho da Graça, a Palavra do Reino, o Evangelho da Salvação.



Ao retornarem, os discípulos vieram felizes com os resultados: “Até os demônios se nos submetem pelo teu nome”—disseram eles!



Jesus, no entanto, lhes respondeu que Ele mesmo vira Satanás ser atingido em cheio pelo resultado daquela missão, caindo do céu como um relâmpago. E mais: que a alegria dos discípulos deveria sempre ser a alegria de ser e não a de poder, e também jamais deveria se basear no sentimento de prevalência sobre as forças do mal no “outro”—afinal, raramente se encontra um humilde e sadio exorcista ambulante—, mas sim, com o fato de que, pela Graça de Deus, e, em Cristo, seus nomes estavam escritos no Livro da Vida, onde tudo o que de fato Deus chama de ser-história-do-ser está lá registrado para o nosso bem.



O ódio de Satanás vinha do fato que aquela Casa Vazia, Varrida e Ornamentada pelas Leis, pelos cerimonialismos, pelo comportamentalismo exterior, pelas morais homicidas, pelos dias tão santos que neles nem o bem cabia, pelos Concílios da Verdade, pelos aparatos das piedades exteriorizadas, e, sobretudo, pela capacidade de “jeitosamente” desviarem a atenção dos homens dos ambientes do coração para as nulidades das exterioridades da religião e seus infindáveis rudimentos.



Agora, todavia, para horror dos “demônios”, chegara “o mais valente” e com Ele vinha o poder de “amarrar” aquelas forças, a fim de poder encher a casa não com mobília e ornamentos das aparências da piedade exterior, mas com Vida!



Para Jesus, mais vazios que os “vazios” que eram habitados “circunstancialmente” por demônios, eram os que propositalmente “construíam” casas religiosas que nada mais eram que lugar de morada de demônios, tornando a casa cada vez mais mal assombrada! De fato, o que eles chamavam de “mobília ornamental”, Jesus chamava de “rapina e perversidade”.



E aqui voltamos ao nosso tema:



A Teologia Moral de Causa e Efeito é a gestora satânica da Casa Vazia, Varrida e Ornamentada!
E sabe por quê?



Ora, Jesus estava falando dos mestres e seus melhores exegetas, os interpretes da Lei; dos melhores executivos devocionais que a tradição judaico-cristã já teve, os fariseus; dos mais bem sucedidos políticos da religião, os sacerdotes; e dos depositários mais fiéis da Revelação Escrita, os escribas. Todavia, eles eram sepulcros pintados de branco por fora a fim de esconder a podridão que crescia dentro deles.



Quanto mais Moral é o consciente humano, mais adoecidamente tarado, lascivo e perverso o seu inconsciente será!



Eles tinham a casa, o Templo; e possuíam o poder de fazer sua gestão; o poder era oriundo dos cargos que ocupavam na manutenção do sistema; e esses cargos eram mais elevados à medida que alguém se “avantajava” nas praticas das regulamentações legais, exteriormente, é claro!Todavia, eles só tinham copos, pratos, talheres, lavatórios, mesa, comida e a certeza de belos ornamentos para a decoração. Afinal, o “lixo” dos outros eles cobriam com pedras. E os seus próprios, eles ocultavam no coração.



Faltava-lhes tudo!



Faltava-lhes vida e a real Presença do Deus da Graça em seus corações!Eles haviam sido tragados. Estavam escravizados pelo pecado de sua quase incurável arrogância. E se tornaram tão vazios de amor a Deus e à vida, que nem sentiam que no seu zelo, eles se tornavam freqüentes transgressores da Lei e dos Profetas. Ora, eles estavam vazios em seu próprio ser, pois, esvaziaram de tal modo a sua própria casa-ser, que eram agora capazes de planejar até mesmo a morte de Jesus— depois vieram a consumá-la, como também tinham consentido com a execução do último profeta, João, o Batista!— e isto enquanto faziam vista grossa ao comercio nojento e asqueroso no qual o “mercado religioso” se tornara. E pior: criando uma religião de causa e efeito que permitia ao filho desonrar aos pais desde que a causa-desculpa gerasse o efeito-contribuitivo para os cofres da Religião.



Tudo isto feito pelo poder, pelo lucro e pela auto-exaltação, piedosamente admitidas como expressão do zelo pelas coisas de Deus. Esses seres se tornaram tão mortalmente vazios que Jesus os chama de “sepulturas invisíveis”.



Todavia, em matéria de exterioridades, de mobílias morais e religiosas, eles eram os melhores e mais devotos religiosos que o Ocidente já teve notícia!Jesus, entretanto, viria a chama-los de “filhos do diabo”.



Aquela geração tinha a “mobília”, mas a casa estava vazia de Deus, varrida pela Moral da Lei e ornamentada pelo cerimonialismo sacerdotal. Mas era apenas isto!



Conclusão: os demônios voltaram e foram habitar o inconsciente da maioria, criando assim, uma “consciência” moralmente rígida, e quanto mais rígida se tornava, tanto mais os demônios lhes atordoavam o “interior da casa”.



Estavam literalmente fadados a serem os reis do exemplo, para fora; enquanto, do lado de dentro, viam-se tendo que existir como cativos, sobrevivendo mortalmente entre vôos de aves de rapina e besta perversas, des-cumprindo assim, interiormente, as Leis que impunham “aos outros” do lado de fora, que nada mais eram que as Leis da animalidade predatória, escondidas sob os signos da Moral e da religião. Ora, exatamente conforme os padrões das Leis de causa e efeito da natureza caída!



Caio



Escrito em 2001

.:: Início / Reflexões ::.



Continue lendo >>

E os do Caminho...

... têm que ser apenas gente andante, seguindo a Jesus com outros, cada um com seu nível de compreensão e percepção, porém todos desejosos de aprenderem a Cristo, conforme Jesus no ensinou ser o caminho de gente que busca se tornar semelhante a Ele.

Este é o convite aos do Caminho: tornarem-se semelhantes a Jesus no curso da jornada da fé; dia a dia sendo transformados de glória em glória; até que se vá chegando à estatura do Novo Homem, o qual se renova segundo Deus mediante a pratica do amor e da verdade.

Assim que é! Vem & vê!

  ©:::::: Graça&Com-vivência | Caminho da Graça ::::::: - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo