sábado, 27 de novembro de 2010

ONDE O REINO NASCE?

Onde o Reino de Deus nasce? É a pergunta que devemos fazer, uma vez que ouvimos acerca deste Reino, ouvimos que fazemos parte deste reino, porém, não conseguimos demilitá-lo, identificá-lo, dimensioná-lo.

Devido a isso, indagamos: o reino é algo presente ou é futuro? É pessoal ou social? É abstrato ou concreto? É terreno ou celestial? É espiritual ou é político? Está ligado somente à Igreja ou abarca o mundo todo? É um dom de Deus ou nós mesmos o inauguramos?

Nossa propensão humana de dividir o reino em categorias lógicas, que possamos manipular, despedaça a sua integridade. O reino de Deus deveria despedaçar nossas categorias humanas.

Em nossa limitação queremos compreendê-lo, examiná-lo e analisá-lo. Mas Deus nos ordena que entremos nele. Deus convoca-nos a voltar às costas para os reinos deste mundo e a adotar um lar de ponta-cabeça. Subjacente a todo ensinamento de Jesus acerca do reino, há uma chamada para que correspondamos ao Seu convite, façamos parte do reino; não para o dissecarmos com nossa intelectualidade, e sim, para que entremos nele. Qual será a nossa reação?

Afinal, o que o reino indica? Para o que o reino aponta? Em qual direção o reino nos dirige?

Sinais da presença do reino explodem sempre que pessoas submetem sua vontade e seus relacionamentos aos caminhos de Deus. E é justamente esta submissão à vontade de Deus, que inaugura o reino de Deus em nós, fazendo com que os valores de nossas vidas se invertam, ficando de ponta-cabeça.

E para respondermos a todas estas perguntas acerca do reino, devemos entender e nos conscientizar de que a resposta está na encarnação. Sim! Jesus de Nazaré desvendou Deus. Começamos a apreender o sentido de reino por meio da vida e dos ensinamentos de Jesus. A vida de Jesus foi a Palavra final e definitiva de Deus. Por meio da pessoa e do ministério de Jesus, a voz de Deus falou com clareza, em uma linguagem universal que todos podem compreender.

Jesus apresenta o reino como uma nova ordem que rompe com caminhos antigos, valores antigos, pressupostos antigos. Se não faz outra coisa, o reino de Deus despedaça os pressupostos que governam a nossa vida. Na qualidade de cidadãos do reino, não podemos supor que as coisas sejam justas somente porque são o que são. A perspectiva de ponta cabeça enfoca os pontos de divergência e conflito entre o reino de Deus e os reinos deste mundo.

Em outra oportunidade, iremos ampliar este conceito de Reino invertido!

Por ora, limito-me a gerar estas questões acerca do Reino de Deus para que possamos refletir em qual reino estamos vivendo, uma vez que a presente ordem – a saber, a “igreja” do Brasil – tem vivido em um reino que não podemos dizer que é o Reino de Deus, e sim o reino do próprio ventre, interesses, ambições e desejos para o presente momento.

Pense nisso!

Na graça Dele,

Juliano Marcel
27/11/2010
Bragança Paulista-SP
juliano.marcel@ymail.com
www.julianomarcel.blogspot.com

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Use o FLAGRANTE em seu favor!

João Capítulo 8

“Ao amanhecer, Ele voltou ao templo, e todo o povo achegava-se ao seu redor. Então, Ele se assentou e lhes ensinava. Os escribas e fariseus trouxeram até Ele uma mulher surpreendida em adultério. Forçaram-na a ficar em pé no meio de todos, e disseram a Ele: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante ato de adultério. Assim sendo, Moisés, na Lei, nos mandou que tais mulheres sejam apedrejadas. Todavia, tu, que dizes a este respeito?” Eles falavam assim para prová-lo e terem alguma coisa de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo, como se não tivesse ouvido. Porque insistiram na pergunta, Ele se levantou e lhes disse: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.” E, novamente, inclinou-se e escrevia na terra. Então, aqueles que ouviram isso, sendo convencidos por suas consciências, foram se retirando um por um, começando pelos mais velhos até o último. Jesus foi deixado só, e a mulher ficou em pé onde estava. Quando Jesus se ergueu, não vendo a ninguém mais, além da mulher, disse a ela: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” Disse ela: “Ninguém, Senhor.” E assim lhe disse Jesus: “Nem Eu te condeno; podes ir e não peques mais.”


É interessante olharmos este texto, e esta história, pois retrata exatamente o que hoje vemos nas “igrejas”, o tratamento com aqueles que devido à vida, erraram, pecaram, cometeram falhas.

O cenário que vemos hoje nas “igrejas” é justamente o cenário dos religiosos da época de Jesus.

Quando algum membro da comunidade é pego em pecado, ou, por consciência culpada confessa o seu erro ao seu pastor, ou alguém, o que acontece com eles é justamente o que aconteceu com aquela mulher: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante ato de adultério. Assim sendo, Moisés, na Lei, nos mandou que tais mulheres sejam apedrejadas."

E assim, dizemos o mesmo: “Este homem ou esta mulher foi pega em pecado, ou nos confessou o seu pecado, (geralmente a “igreja” só conhece como pecado algum ato sexual), e tal pecado deve ser punido com disciplina, ficará tantos meses de banco!”

Isso quando tal pessoa não é excluída do rol de membros da “igreja”.

Enfim, a “igreja” tem a melhor atitude moral e ética que ela conhece para preservar e manter a ordem da comunidade.

Porém, quando olhamos para Jesus, vemos atitude totalmente diferente.

Jesus está assistindo a uma cena religiosa, eminentemente religiosa. Uma mulher foi pega em flagrante adultério.

Flagrante é: adj. m. e f. 1. Acalorado, ardente, inflamado. 2. Que é observado ou surpreendido. 3. Evidente, manifesto. S. m. 1. Fato que se observa no momento em que ele ocorre. 2. Pop. Ensejo, momento. Cfr. fragrante. Em f.: na ocasião de praticar um ato.

O que nos informa que esta mulher foi pega durante a prática sexual, e da mesma forma que estava, foi levada diante de Jesus e de todas as pessoas que estavam presentes. Com certeza, ela não estava vestida, não estava apresentável, não estava com suas roupas ou vestes. Uma pessoa pega no ato, nos sugere que da mesma forma que ela estava, é que ela foi levada diante de Jesus.

O engraçado, é que os religiosos pegaram somente a mulher, e não o homem.

Pois bem, imaginem a cena: Jesus, provavelmente assentado nas escadas do templo, ensinando uma multidão de pessoas, e derrepente, surge no meio da multidão, alguns religiosos trazendo arrastada uma mulher pelada. E se não bastasse isso, diz-nos o texto que eles “Forçaram-na a ficar em pé no meio de todos”.

Imagine a exposição, vergonha, humilhação que esta mulher sofreu.

E, além disso, sugestionaram a condenação dela em observância à Lei de Moisés, porém, queriam ouvir a sentença de Jesus.

O texto nos diz ainda, que Jesus não deu atenção à pergunta deles, de modo que eles insistiram com Jesus para que Ele desse Sua sentença.

É que Jesus não tem parte com questões religiosas. Ele não participa de atitudes de mortandade, de condenação, de acusação, mesmo que mascaradamente seja feita em nome da moral, ética, e ordem.

A sentença de Jesus, não foi dada à mulher. A sentença de Jesus foi dada àqueles que a acusavam, quando Ele disse: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.”

Note, que o texto não nos diz que Jesus olhou para a mulher, não teve nenhuma atitude contrário, de repudio, de acusação contra a mulher na presença dos religiosos.

O bando do templo – os religiosos fariseus – ao ouvirem as palavras de Jesus, se retiraram um a um, a começar dos mais velhos que trazem consigo pecados jurássicos de mentiras, de safadezas, de explorações, e até mesmo de adultérios. A partir dos mais velhos até aos mais novos se retiraram, ficando somente a mulher diante de Jesus.

Aí então, Jesus olha para a mulher, e diz: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” Disse ela: “Ninguém, Senhor.” E assim lhe disse Jesus: “Nem Eu te condeno; podes ir e não peques mais.”

Que olhar é esse? Que atitude é essa? Que amor é esse? Que “igreja” teria tal atitude?

Nos enganamos pensando que somos a Igreja de Jesus, porém, ao olharmos para nossas atitudes, descobrimos que não agimos como Jesus.

Paulo nos diz para sermos imitadores de Jesus, e se é para ser assim, por que não agimos como Ele?

A “igreja” de hoje está tão doente, tão distante de Deus, tão descaracterizada, tão mundana, que não percebe que já não está agindo como Ele a muito tempo.

A “igreja” que vemos ao nosso redor age como os religiosos do tempo de Jesus.

Por isso ela não forma indivíduos transformados em Cristo para a Vida, ela gera homens e mulheres doentes, que mascaram seus pecados, que não assumem para ninguém, que não encontram perdão, que vivem uma neurose culposa, que se auto-condena, que se auto-acusam. Sim, formamos seres hipócritas! Um bando de gente pecadora, com pecados enormes na vida, se julgando santos e justos, isso a começar dos pastores até aos membros.

Achando que podem acusar, condenar, absolver, ou excluir pessoas por seus pecados.

Seres incapazes de se perceber, de se ver, de se notar, de se enxergar; são um bando de hipócritas, mentirosos e safados.

Por isso, vemos que as pessoas não tem coragem de falar de suas falhas para os pastores, porque sabem que vão ser expostas e condenadas.

Sabem que vão ser envergonhadas quando o pecado for assumido. Logo, estas pessoas não conseguem se ver perdoadas, e vivem uma vida de culpa, sem se curar, sem confessar.

Mas se a “igreja” de hoje, for a Igreja de Jesus, e como Ele ter a atitude que Ele teve, o que você vai descobrir é que em Jesus há perdão. E que a vida acontece diante de Deus em um flagrante. Flagrada não foi só a adúltera, flagrados foram os seus acusadores, flagrados foram os seus apedrejadores, flagrados somos todos nós. E se a vida acontece em um total flagrante diante de Deus, use o flagrante em seu favor, porque são as vestes do sangue do cordeiro que tira o pecado do mundo que te cobre e diz: vai e vive a vida pra qual eu te chamei.

“Vai, cuida do coração! Não faz mais isso não. Não te faz bem, não te gera vida, te adoece a alma, e de des-significa como indivíduo. Vai, e não peques mais! Vive a vida pra qual você foi criada em Deus.”


A “Igreja” que tem as atitudes de Jesus que nos vê em constante flagrante, age como Ele, e nos dá a certeza do perdão, apenas nos propõe um novo caminho na certeza de se saber perdoado.

E vive este novo caminho, não com o engano de pecar novamente, mas sim, porque já se sabe perdoado, vive em resposta a este perdão e amor. Afinal, quem muito foi perdoado, este muito perdoa, e a quem muito foi amado, este, muito ama!

Assim agiu Jesus. Assim devemos agir. Devemos tanto encontrar pessoas com o caráter de Jesus que não nos condena, mas nos mostra o nosso erro e nos propõe um novo caminho de Graça e Vida em Cristo, bem como, encontrar Igreja que não condena, não expõe publicamente o erro, não leva ao conhecimento de toda a comunidade, antes, resolve a situação no particular, propondo o arrependimento e o perdão em Deus, por meio de Cristo Jesus.

Diante de Deus, nossa vida é total flagrante a todo o momento. Assim sendo, nada nos cobre diante Dele, senão, as vestes do sangue do Cordeiro que nos purifica de todo o pecado.

Assim foi Jesus, assim deve ser a Igreja, assim devemos agir todos nós!

Pense nisso!

Juliano Marcel
Bragança Paulista-SP
21/10/2010

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E os do Caminho...

... têm que ser apenas gente andante, seguindo a Jesus com outros, cada um com seu nível de compreensão e percepção, porém todos desejosos de aprenderem a Cristo, conforme Jesus no ensinou ser o caminho de gente que busca se tornar semelhante a Ele.

Este é o convite aos do Caminho: tornarem-se semelhantes a Jesus no curso da jornada da fé; dia a dia sendo transformados de glória em glória; até que se vá chegando à estatura do Novo Homem, o qual se renova segundo Deus mediante a pratica do amor e da verdade.

Assim que é! Vem & vê!

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