Vinha o filho ainda longe
.:: Início / Reflexões / Devocional ::.
Leia a parábola do filho pródigo em Lucas 15
A parábola do Filho Pródigo todos conhecemos. Já preguei sobre ela centenas de vezes. Olhei-a sob inúmeros aspectos.
É minha história. É a história da humanidade. É a história de quem foi e nunca deixou de ser. É também a história de quem nunca foi mas nunca chegou a estar. Sobretudo, é a história do amor de Deus e do modo como Ele age como Pai.
Pai para quem foi e nunca deixou de ser. Pai para quem nunca foi mas nunca chegou a estar.
Hoje, no entanto, eu estava quase dormindo quando ouvi essa voz, que dizia: "Vinha ele ainda longe, e seu pai o avistou; e, correndo, o abraçou..."
O Pai não somente deixou ir e aguardou a volta... Ele viu de longe e fez o caminho de volta com o filho.
Entre o olhar do Pai e a volta para casa, existe um “ainda longe”. O Pai foi buscar o filho ainda longe. Longe de ida, longe de volta!
Em casa é que o problema começou: quem nunca foi mas nunca chegou a estar não gostou que aquele que foi e nunca deixou de ser tivesse voltado!
O Pai, todavia, só participa disso porque é Pai, mas não se deixa seqüestrar por nada e por ninguém. Quem não gostar, que não goste. O Pai, no entanto, vai longe buscar seu filho. E há um caminho que o Pai e esse filho precisam fazer só os dois.
Em casa, há muito ciúme, muita competição, muita doença.
Que bom que antes de ver os irmãos magoados, a gente pode ver o rosto do Pai.
Que bom que Ele vai se encontrar com a gente ainda longe de casa, antes que as impressões do ciúme e da inveja tentem estragar o encontro que vale: o encontro do Pai com o seu filho.
Que bom que quando quem nunca foi mas nunca chegou a estar só aparece depois que o filho quebrado havia se entendido com o Pai feliz.
Que bom que há esse “ainda longe”, pois assim tem-se tempo para chegar em casa tão cheio do amor do Pai que não se tem mais tempo e nem coração para ficar doente com o ciúme dos irmãos.
Vinha ele ainda longe... O Pai o avistou, e, correndo, o abraçou e o beijou!
Caio
(Escrito em junho de 2003)
.:: Início / Reflexões / Devocional ::.
0 comentários:
Postar um comentário