quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

As Linguagens do Relacionamento

Um homem bem-sucedido, não é aquele que consegue alcançar um alto grau de respeitabilidade na sociedade. Não é aquele também que adquiri riquezas, e assim pode satisfazer qualquer um de seus desejos. Não é aquele que viajou o mundo, conhecendo muitos países.

A sociedade tem por base um homem bem-sucedido naquilo que ele possui, naquilo que ela representa. No entanto, o bem-estar do homem, como um alguém bem-sucedido, não é medido pelas suas posses, nem pela conta bancária, muito menos pelo seu patrimônio.

Conhecemos um homem bem sucedido, quando ela é bem-relacionado em sua casa. A família é o berço do bem-estar do homem. Se dentro de casa, ele não desfruta de uma paz, de uma alegria, de um prazer, nada do que ele tenha do lado de fora, justificará o caos do lado de dentro.

A questão, é que nossa sociedade tem priorizado muito o ter, e não o ser. Relacionamento é tudo na vida, ainda mais quando se trata do bem–estar do homem no que tange a sua família.

Do que adianta ser bem relacionado do lado de fora, se não conseguir ter um bom relacionamento com os de dentro da própria casa?

Tenho visto muitas pessoas infelizes, devido não ser bem relacionado dentro de casa. A falta de relacionamento interno causa um grande dano para o indivíduo. Um (a) homem/mulher infeliz do lado de dentro, não encontrará felicidade do lado de fora, e consequentemente, isso refletirá em tudo o que ele (a) fizer.

O Relacionamento vai desde o toque simples das mãos, o olhar, o sorrir, o diálogo, a relação sexual – no caso dos casados. Isso é à base do bem-estar humano. Afeto é o nome do que cada ser deseja. Se sentir amado, importante, especial para outrem.

Somos gregários, nascemos para dar e receber afeto. Dependemos disso para a sobrevivência. Psicólogos dizem que o toque físico e a demonstração de amor é imprescindível na boa formação moral e ética de uma criança desde o nascimento. Traz-nos um senso de valor, de validação.

E quantas casas, famílias, casamentos estão se desmoronando por falta de um bom relacionamento entre si?

A questão, é que não sabemos nos relacionar. Não compreendemos que cada um, diferentemente, se relaciona de uma forma especial e individual. E o senso de validação, de valorização individual é demonstrada e sentida de formas diferentes.

Poderíamos dizer que são linguagem de relacionamento, ou de amor, que diferem entre si, mas que em seu âmago, o sentido é o mesmo – se relacionar, amar e ser amado.

Para uns, o toque físico é a verbalização que demonstra amor. Estes se relacionam através do toque, do abraço, da proximidade física. Para estes, cuja linguagem prioritária é o toque físico, é assim que eles demonstram amor, e se sentem amados. O contrário, também é verdade. A falta do toque físico para estes, nestas formas de se expressar, demonstram o dês-amor, a falta de amor, a falta de importância destes.

Para outros, as palavras de afirmação é a verbalização do amor. Se sentem amados quando são apreciados verbalmente, quando são elogiados publicamente, quando são valorizados com palavras positivas, se sentem amados. O contrário destas, demonstra a depreciação, o descaso, o sentimento de invalidação, da falta de importância.

Para outros ainda, a demonstração de amor é o dar e receber presentes. Eles se sentem amados quando recebem presentes, indiferentemente de valor, de tamanho, o que é importante é a intenção no ato de se dar presentes. A falta destes subentende-se que não são importantes, não se sentem amados, não se sentem especiais. O presente muitas vezes, não é material, muitos gostariam do presente da presença. A presença é o presente esperado pelo filho que procura o pai pra ter um momento com ele, e não o encontra disponível. Note que nos filhos que usam esta linguagem, eles sempre têm alguma coisa a dar aos pais, seja uma carta, seja uma flor, seja qualquer coisa, eles sempre presenteiam seus pais. É o presente que a esposa procura no marido, pra passar um tempo juntos, a sós, dialogando, namorando, conversando, recebendo toda atenção, mas não o encontra. É o presente que o marido espera da esposa, porém, está prefere terminar com as tarefas domésticas, e devotar toda a sua atenção aos filhos e se esquece de seu marido. A falta deste diálogo do amor – o dar e receber presentes – tem levado muitos casais, famílias á crise.

Outros usam a linguagem da formas de servir. Demonstram amor ajudando o cônjuge com suas tarefas. Se doam para satisfazer a necessidade do próximo. Eles entendem que o tempo gasto com o serviço é uma demonstração de amor. Agora, para estes, a falta desta linguagem por falta do cônjuge, é uma demonstração de que não se ama, até porque a forma que eles amam e se sentem amados é com a forma de servir, e sua ausência seria uma demonstração de falta de amor.

Outros usam a linguagem de qualidade de tempo. Eles se sentem amados quando a sua necessidade do tempo é suprida. Sua carência é um tempo com a pessoa amada. Não digo um tempo regulamentar, e sim um tempo com qualidade, na qual sua atenção é voltada expressamente à pessoa. É quando a esposa é mais importante que uma partida de futebol com os amigos. É quando o marido é mais importante que os deveres domésticos. É quando os filhos são mais importantes que o tele-jornal ou a novela. Quando se expressa o amor nesta linguagem, a pessoa se sente amada, querida, importante para o outro. Para pessoa, cuja linguagem de amor é qualidade de tempo, e esta não é demonstrada, ela se sente traída, inútil, depreciada, sem importância e não se sente amada. Da mesma forma com os filhos, cuja linguagem de amor é a qualidade de tempo, quando este não é demonstrado nesta linguagem os filhos não se sentem amados e importantes para seus pais.

Notemos que estas formas de se relacionar pessoal e em família faz toda a diferença.

As reclamações de esposas, de maridos e de filhos tem sido basicamente a cobrança daquilo que ela (e) entende como demonstração de amor, seja toque físico, palavras de afirmação, receber presentes, formas de servir ou qualidade de tempo.

Para nos relacionarmos bem, e ser bem-sucedido em família, precisamos começar a entender qual a linguagem de amor que nosso cônjuge e filhos falam, para que possamos suprir sua necessidade de ser amado na forma que eles realmente entendem.

Para isso é preciso uma dedicação, vontade e desejo de mudar e aprender a linguagem do outro.

Que você possa aprender qual a sua linguagem, e a daqueles que vivem com você. E consequentemente você será bem-sucedido e terá um ótimo relacionamento em família.

Que Deus os ajude a se encontrarem nesta busca, e que sejam realizados em si, tendo suas necessidades de amor supridas na plenitude esperada.

Nele,

Juliano Marcel
Bragança Paulista
01/12/2007
ministériogracaevida@hotmail.com
juliano.marcel@hotmail.com


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