quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Deus do Evangelho é escandaloso

Quando se pensa em Deus, a primeira coisa que nos vem a mente, é a relação dEle com a “igreja”. Há uma associação direta de Deus e a religião, de modo que não concebemos um Deus fora da religião. Um Deus que age, existe e trabalha fora das quatro paredes da “igreja”.

Um Deus que não é como a religião nos apresenta, é difícil de aceitar.


Por isso, quando dizemos que Deus age e opera fora e independentemente da “igreja”, muitos – os de dentro ou os domesticados da “igreja” – se escandalizam.




Escandalizam-se por várias razões:


1 – Porque não se concebe um Deus fora da “igreja”;


2 – Porque um Deus fora da religião não é palmilhável nem discernível conforme as explicações teológicas;


3 – Como explicar ou entender a liberdade de ação e interação de Deus com o homem fora da “igreja”?;



4 - Porque a “igreja” domesticou todos quantos estão debaixo de suas doutrinas e teologias, de forma, que se Deus não for conforme ela diz ser, e se Deus não agir conforme as explicações que ela dá, Deus deixa de ser Deus;



Estas são as razões básicas. Após estas, podemos ver muitas outras.



A “igreja” na verdade não nos apresenta um Deus, e sim, nos apresenta uma entidade que se limita aos caprichos, desejos, vontades, e manipulações humanas; ainda mais, daqueles que arrogam para si a autoridade de intervenção nos céus e no mundo espiritual.



Conceber um Deus fora dos padrões da religião é terrível.



Terrível porque nos lança nas incertezas de uma vida pela fé.



Terrível porque nos tira da nossa zona de conforto, e nos faz caminhar no chão da vida crendo no indescritível e no inadmissível aos olhos da “igreja”.



Terrível porque nos coloca ante ao espelho onde nos enxergamos como nós verdadeiramente somos – seres destituídos da glória de Deus e incapazes de salvar a si mesmos.



Terrível porque não nos é dado os passos do Divino, de forma que não conseguimos compreender as multi-formas as quais Ele usa, caminha, e age na vida dos humanos.



Terrível porque se entregar a uma fé na qual não possa saber e conhecer de ante-mão onde vai chegar, pisar, ver, tocar, é angustiante para os filhos da religião.



Terrível porque geralmente queremos limitar a graça de Deus, entregar a quem nos convém, pois cremos que nós sabemos melhor do que Deus quem merece e quem não merece ser alcançado pela graça.



Terrível porque tudo o que cremos a vida inteira, descobrimos que pode ser uma meia-verdade, e se é uma meia-verdade não é uma verdade-inteira, assim sendo, mesmo que sendo uma meia-verdade passa a ser uma mentira-completa após a revelação e o discernimento da Verdade do Evangelho.




Terrível porque Deus é terrível. Terrível são os Seus feitos ante os olhos humanos.




Assim, para muitos, é mais fácil ficar no chão da religião onde as coisas são palmilháveis e Deus é compreensível, discernível, tangível, um ser que tem seus passos meticulosamente compreendido pelos teólogos, do que se entregar na fé que nos faz caminhar no absurdo da vida. Crer sem ver. Acreditar sem tocar. Possuir sem ter. Se saber do Reino habitando o mundo; enfim, do que se entregar a loucura do Evangelho em-por-para mim.




Os da “igreja” não consegue aceitar a integralidade, dimensionalidade, totalidade e abrangência da Graça de Deus por nós.




Pensam: “Não é possível que seja tudo isso!”; “Não acredito que seja desta forma!”; “Não é assim que aprendi!”; “Jesus não estava dizendo neste sentido!”; “Não foi isso que Paulo quis dizer!”.




Estou mentindo?




Você sabe que não!




Por esta razão Paulo disse que somos reputados como loucos por amor a Cristo. Sim, loucos, pois, somente loucos acreditam no significado visceral da Cruz. Somente loucos aceitam a pregação da loucura da Cruz. Somente loucos aceitam que tudo está consumado – Tethelestai. Somente loucos se sabem mais que vencedores por aquEle que nos amou. Somente loucos discernem e descansam nesta certeza. Somente loucos são capazes de abaixar a guarda e se entregar de peito aberto a esta verdade. Somente loucos sabem que não estamos caminhando para conquistar nada no céu, pois, caminhamos para aquilo a qual Cristo já conquistou pra nós, de forma que nosso caminhar não é neurótico, antes, é um caminhar de gratidão se sabendo conquistado de Deus.




Neste sentido, sou um extremo louco.




Nesta fé é que me entrego a Ele! Nesta fé é que me relaciono com Ele. Neste fé é que descanso nEle.




Desta forma, a pregação do Evangelho da Graça assusta a muitos, porque estão acostumados a ouvir tantas coisas diferente nas “igrejas” que quando ouvem as verdades do Evangelho ficam apavorados ante a esta liberdade que ela nos propõe.




Liberdade de ser, de estar, de se relacionar, de ir e vir, de caminhar livremente, de se aceitar como se é, de compreender sua própria natureza, enfim, liberdade para ser livre em Cristo.




Por isso é que quem não tem auto-percepção da sua própria queda, jamais estará aberto para a significação da Graça em e para nós.




O pastor Caio disse algo que é verdade: “Os seres mais cínicos que existem em relação ao Evangelho são os que serviram e se envolveram com os bastidores da 'igreja'."




Os que foram domesticados pela “igreja” se escandalizam com o Evangelho da Graça. Os que já atuaram e conhecem os bastidores da “igreja” tornam-se impermeáveis, cínicos, indiferentes e de-sensibilizados para com a Verdade do Evangelho.




Qual Deus você tem servido? O da religião ou o Deus do Evangelho revelado em Jesus Cristo?




Pense nisso!




Na graça Dele, por cuja loucura sou salvo e aceito em amor e graça!




Juliano Marcel



Bragança Paulista-SP



21/01/09



juliano.marcel@ymail.com



http://www.julianomarcel.blogspot.com/



http://www.bloggracaevida.blogspot.com/



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